Indígenas ameaçam bloquear a MS 156, entre Itaporã e Dourados

21/07/2014 11:35 Itaporã
Bloqueio de rodovia aconteceu no início da noite de ontem, após atropelamento de mulher de 46 anos.. Foto: Osvaldo Duarte
Bloqueio de rodovia aconteceu no início da noite de ontem, após atropelamento de mulher de 46 anos.. Foto: Osvaldo Duarte

O bloqueio da Perimetral Norte, entre a avenida Guaicurus e a rodovia MS-156, que acontece desde o fim da tarde de ontem em Dourados, deve permanecer por “muito tempo” segundo informado ao Dourados News por liderança indígena da aldeia Bororó.

As lideranças decidiram por não ir até a capital, manter o bloqueio, e desfazer a mobilização apenas quando algum representante for até o local. Além disso, a comunidade indígena ameaça bloquear também a MS-156, que liga Dourados a Itaporã.

“Não vamos sair daqui. Quem tem que resolver o problema precisa conversar com a comunidade. E se não tivermos resposta, vamos fechar a MS-156 também. Precisamos ser ouvidos para que não aconteçam mais mortes”, afirmou Benitez.

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A mobilização acontece após o atropelamento de Lenilza Nunes Fernandes, 46, que se tornou mais uma vítima no local após acidente ocorrido ontem. A mulher, que é moradora da Bororó, permanece internada em estado gravíssimo.

“Não vamos sair daqui enquanto não houver um contato que nos garanta melhor sinalização. Este lugar está sujo de sangue. Não queremos mais pessoas morrendo aqui. Precisamos de sinalização com urgência, então a mobilização acontece até que o responsável se pronuncie sobre isso”, garantiu o líder indígena Gaudêncio Benitez.

Até o momento, segundo Benitez, apenas a prefeitura de Dourados, por meio da Semsur (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos) teria se manifestado sobre o tema, alegando que a gestão municipal não possui responsabilidade pela via e sinalizando para a marcação de uma audiência com o governador André Puccinelli (PMDB) em Campo Grande, já que a Perimetral é de responsabilidade do Estado.

O bloqueio na Perimetral Norte é total, feito com pedaços de madeira e galhos, e com a presença de centenas de indígenas, segundo informado pelas lideranças da Bororó. A orientação para os motoristas é que peguem rotas alternativas, e evitem passar pela via.

 

Fonte: Thalyta Andrade/Dourados News

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