Diretor de escola onde aluna foi abusada teria dito à mãe que vídeo mostra ela 'gostando'

16/04/2014 11:22 Policial
Imagem meramente ilustrativa
Imagem meramente ilustrativa

O vídeo em que mostra uma adolescente de 14 anos fazendo sexo oral em um jovem dentro da Escola Estadual Teotônio Vilela, no Bairro Universitário, região sul de Campo Grande, estaria “queimando o filme do colégio”, e por conta disso, a mãe da vítima foi advertida pela direção do estabelecimento de ensino.

“Além de abusada, minha filha passou pelo constrangimento de ser chamada na sala do diretor, para que ele pedisse a ela que eu comparecesse ao colégio, para saber o motivo que minha filha seria expulsa”, denuncia a mulher.

Indignada e revoltada com a situação, a mulher de 33 anos, revela que ficou chocada com a atitude da escola. “Era para eles apurarem a situação e denunciar à polícia, e não me chamar dizendo que pelo vídeo, parece que minha filha estava 'gostando' e que isso 'pegaria mal para o colégio'”.

Ela só descobriu o que aconteceu com a filha, depois que a jovem passou pelo constrangimento de ter o vídeo do estupro compartilhado entre os alunos do local. “Isso foi na quarta-feira passada, ela estuda de manhã, mas foi no período da tarde até a escola participar do ensaio da fanfarra e ninguém estava olhando o que estava acontecendo?”, indaga.

A adolescente foi atraída por uma amiga, que disse que havia um menino interessado nela e que queria se encontrar com ela na construção da biblioteca, que está em obras. No local havia mais três garotos, que ameaçaram a jovem de agressão, caso ela não fizesse o sexo oral em um deles.

“Ela foi cercada, constrangida, ameaçada e filmada. Minha filha só soube do vídeo depois que caiu na mão do diretor, que em vez de apurar, quer expulsá-la. Em nenhum momento ela sabia que o crime estava sendo gravado pelos garotos”, relata.

DENÚNCIA

A adolescente de 14 anos chegou em casa, falou sobre o estupro para a mãe, deu o recado do diretor e contou sobre a expulsão. “Cheguei na escola e cobrei explicações, pois em nenhum momento eles consideraram que ela era vítima. Por causa disso procurei a delegacia, precisava recorrer para algum lugar, já que a escola prefere ficar na omissão e acobertar este tipo de crime”, revela a mãe da adolescente.

O nome da mãe, assim como o da adolescente devem ser preservados, conforme a legislação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

 

Fonte: Jucyllene Castilho e Arlindo Florentino

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