Dos nove funcionários demitidos do PT de Mato Grosso do Sul, seis acionaram a Justiça do Trabalho para receber os salários atrasados e os direitos trabalhistas previstos na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Na semana passada, a responsável pela limpeza, a única que não havia sido demitida, também foi mandada embora.

Segundo os ex-funcionários, a advogada trabalhista Jucineide Almeida de Menezes informou que a partir do protocolo no site da Justiça Trabalhista, a tendência é que, em até dez dias no máximo, seja deferida a tutela antecipada para que os ex-funcionários possam sacar o valor do FGTS depositado e encaminhar a solicitação do seguro desemprego no Ministério do Trabalho e Emprego. Ela está em uma audiência e não respondeu às mensagens da reportagem.

O ex-assistente financeiro Marquinhos Nogueira, um dos demitidos, afirmou que a dívida só com as rescisões dos funcionários chega a meio milhão de reais.

A crise financeira teve início quando o Partido dos Trabalhadores foi condenado a perder o direito ao Fundo Partidário por conta de uma falha nas prestações de contas da campanha.

O presidente estadual do partido, deputado Zeca do PT, afirmou que os ex-funcionários estão exercendo um direito legítimo de reivindicar o pagamento, mas não querem entender o momento de dificuldade pelo qual passa a legenda.

“Tranquilo, legítimo. E vamos ter o nosso momento de se defender. Não temos dinheiro. O salário deles era de R$ 30 mil e tínhamos 10 mil. Eles não querem entender a dificuldade e estão transformando isso em uma questão política”, afirmou o ex-governador.

Fonte: Por Paulo Fernandes, do Midiamax