Em protesto, funcionários do Hospital Evangélico estão de “luto” e pedem socorro

31/07/2014 16:20 Saúde
Funcionários se mobilizaram como forma de chamar a atenção para a ameaça de fechamento do HE - Foto: Rodrigo Bossolani.
Funcionários se mobilizaram como forma de chamar a atenção para a ameaça de fechamento do HE - Foto: Rodrigo Bossolani.

Os funcionários do Hospital Evangélico e do Hospital da Vida [administrado pelo primeiro] se reuniram no início da tarde desta quinta-feira (31) em frente às duas unidades, como forma de chamar a atenção para a ameaça de fechamento do HE, afundado numa dívida de R$ 40 milhões.

A manifestação foi agendada através de redes sociais e ganhou força após o Dourados News mostrar, na terça-feira (29), o tamanho da dívida da entidade, que é a maior em 25 anos.

Durante o ato, eles caminharam pelas principais vias do Centro e depois se deslocaram até a Câmara de Vereadores, e mesmo com a Casa fechada, foram recebidos pelo presidente Idenor Machado (DEM).

“Nos estamos empenhadíssimos em ajudar esse importante hospital que sempre trabalhou, sempre atendeu com uma faixa de atendimento muito grande. Eu moro aqui há 43 anos e o HE já existia. É uma pena estarmos fechados devido ao horário de atendimento, mais podem retornar em outras ocasiões” disse o presidente.

Em entrevista na noite de terça-feira, o farmacêutico e membro do conselho de funcionários do hospital, Demetrius Pareja, que há 25 anos trabalha no local, negou problemas de gestão para o acúmulo da quantia devida e disse que os repasses mensais feitos pelo poder público geram uma conta deficitária de aproximadamente R$ 1,2 milhão/mês.

Segundo ele, em dois meses o HE poder e já avalia um prazo para que a unidade deixe de atender a população: 60 dias.

“Esse é o prazo caso nada seja feito. Hoje, recebemos pelos dois hospitais, R$ 5,5 milhões e nossas despesas são de R$ 6,7 milhões. O que chega do poder público gira em torno de R$ 4 milhões – governos estadual, federal e municipal – e o restante são de convênios e particulares. Então, se não houver uma melhoria nos repasses e na tabela SUS (Sistema Único de Saúde), esse é o prazo para paralisar as atividades”, disse Pareja, negando que o problema para o caos financeiro seja de gestão.

Os manifestantes afirmaram que na próxima quinta-feira (07) farão um novo manifesto, em que irão até a Câmara Municipal novamente.

Fonte: Dourados News

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