Abcam mantém paralisação após anuncio do governo
Após um dia inteiro de negociações entre representantes dos caminhoneiros e ministros do governo federal, nesta sexta-feira (24/5), as partes costuraram um acordo para pôr fim à greve da categoria, que durou quatro dias.
Nove entidades aceitaram os termos da União. Apenas a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que reúne cerca de 700 mil caminhoneiros, não concordou com a proposta e se retirou, durante a tarde, da negociação. Para os associados dessa entidade, a greve continua.
A equipe do iFato está em vários grupos de whatsapp em que fazem parte manifestantes de várias Cidades do Mato Grosso do Sul, em todos esses grupos os caminhoneiros afirmam que vão seguir recomendação da Abcam e continuar a greve.
Além de representantes dos caminhoneiros, também participaram do anúncio os ministros da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e dos Transportes, Valter Casimiro Silveira.
De acordo com o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o governo se comprometeu a reduzir a zero a alíquota da Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) e manter a redução de 10% no preço do diesel, anunciada na quarta (23) pela Petrobras, pelos próximos 30 dias. Além disso, os reajustes do preço do diesel nas refinarias poderão ocorrer de 30 em 30 dias, contrariando a política da Petrobras de reajustes diários.
Segundo o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a Petrobras, voluntariamente, vai garantir a manutenção do preço atual por 15 dias, e o governo arcará com o impacto da manutenção do preço por mais 15 dias, garantindo que ele continuará o mesmo por 30 dias no total. A estimativa do Planalto é de que o custo da medida fique em R$ 350 milhões.
Gasolina fica como está
A longa negociação, contudo, não teve impacto sobre o preço da gasolina e seus sucessivos reajuste. Nenhuma medida sobre o combustível que abastece a maior parte da frota particular no país foi anunciada.
“O preço do diesel na refinaria está fixo. É nossa referência. Estamos falando apenas do diesel. Então, a cada mês, faremos ajuste e teremos votação orçamentaria para fazer frente a essa questão orçamentaria”, disse Eliseu Padilha.
Fonte: República de Curitiba Online
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