Após dois anos da tragédia na boate “Kiss”, fiscalização estão mais rigidas

27/01/2015 14:30 Brasil
Nesta terça completa dois anos da tragédia que matou centenas de pessoas no RS.. Foto: Patricio Nunes/Reprodução
Nesta terça completa dois anos da tragédia que matou centenas de pessoas no RS.. Foto: Patricio Nunes/Reprodução

Dois anos após a tragédia que chocou todos os brasileiros na casa noturna Kiss, em Santa Maria (RS), o Dourados News procurou o 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros em Dourados, para saber como anda a fiscalização das boates no município.

Na época, a imprudência, somada às más condições de segurança da boate gaúcha e a quantidade de público que excedeu a capacidade total, levaram a morte 242 pessoas e deixou outras 680 feridas, todas vítimas do incêndio que teve início com um sinalizador aceso por um dos integrantes da banda que tocava.

Segundo o setor de comunicação do Corpo de Bombeiros de Dourados, após o fato, uma nova legislação contra incêndio foi implantada, tornando as fiscalizações mais rígidas. “Por conta do incêndio da Kiss, hoje o Estado possui uma das legislações mais eficaz relacionadas contra incêndio e pânico”, comentou o setor.

Desde 2013, a medida prevê dentro dessas casas, a instalação de placas indicativas de capacidade, assim como uma equipe com conhecimento em primeiros socorros e combate a incêndio, que vai de acordo com o tamanho do espaço.

“Hoje, com a legislação, as casas noturnas devem ter placa indicativa de capacidade de público. Acima de 100 pessoas, uma equipe com conhecimento de primeiros socorros e combate de incêndio deve se manter presente”, explica, relatando também a necessidade de instalação de requisitos básicos para a segurança como placas de ‘fuga’ e acessos de emergência.

De acordo com órgão, para tirar o Certificado de Vistoria, o estabelecimento precisa apresentar documentos que comprovem cursos de brigadista e primeiros socorros. Em Dourados, segundo o Corpo de Bombeiros, todas as casas em funcionamento possuem esses certificados.

Em relação às vistorias, elas são realizadas anualmente, porém, atividades ‘surpresas’ ocorrem periodicamente. O intuito é exigir medidas preventivas contra incêndios não previstas anteriormente e garantir segurança das pessoas durante o evento.“Realizamos as vistorias anuais de rotinas e inopinadas feitas em eventos onde irá conter um grande número de pessoas, como forma de prevenção”, explica.

Hoje as medidas de segurança são muitas, assim como as recomendações em casos semelhantes ao da boate “Kiss”. Os bombeiros alertam para que se houver algum tipo de incêndio sempre procurar a saída mais próxima, ligar para a emergência e procurar um local seguro.

“A principio é verificar saídas de emergência, rotas de fuga, procurar um local seguro e ligar para o 193 que é a emergência e aguardar o socorro. E deixar o primeiro combate para a brigada de incêndio”, alerta o 2º GBM.

Outro ponto levantado é para que as pessoas que frequentem esses locais se atentem a verificar se seguem a legislação, e principalmente sobre a capacidade de pessoas que o ambiente comporta.

Incêndio semelhante ao da Kiss
O incêndio na boate Kiss teve destaque internacional e considerado aqui no país, como a segunda maior tragédia em número de vítimas do tipo. O primeiro foi em dezembro de 1961 no Gran Circus Norte-Americano em Niterói (RJ) que deixou 503 mortos sendo a maioria crianças.

 

Fonte: Joandra Alves/Dourados News

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