Contra aprovação da previdência, sindicato dos bancários e professores protestam em Dourados

19/02/2018 14:21 Brasil
Ato aconteceu na manhã desta segunda-feira (19), em Dourados - Crédito: Guilherme Pires
Ato aconteceu na manhã desta segunda-feira (19), em Dourados - Crédito: Guilherme Pires

Aproximadamente 100 pessoas participaram na manhã desta segunda-feira (19), do protesto envolvendo o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Dourados e Região juntamente com o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação em Dourados (Simted), que é contra a reforma da Previdência, proposta pelo presidente da república, Michel Temer (PMDB). 

Caso aprovada [a reforma], as mais prejudicadas serão as professoras e funcionárias do setor administrativo como coordenadoras, merendeiras e até as responsáveis pela limpeza das escolas, que precisarão trabalhar mais dez anos, segundo o presidente do Simted de Dourados, Juliano Meneghetti Mazzini.

“Esta reforma Previdência se for aprovada como está lá, vai prejudicar principalmente as professoras, pois elas precisarão trabalhar mais dez anos, ou seja, a profissional que tem 50 anos, só irá se aposentar com 60; o governo não está levando em conta que há um desgaste não apenas físico, mas psicológico para quem está dentro de uma sala de aula”, afirmou.

Também como forma de apoio ao ato, as agências bancárias que ficam na Avenida Joaquim Teixeira Alves com a Presidente Vargas, não abriram de manhã.

Uma delas, do Bradesco, só começará a atender a partir das 12h, enquanto a outra, do Itaú, não terá expediente nesta segunda-feira (19). Motivo é a demissão de um funcionário que trabalhava há mais de 32 anos e que teve a demissão homologada no banco, descumprindo, conforme Ronaldo Ferreira, presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados, o acordo coletivo válido até 31 de agosto deste ano. 

“O nosso acordo coletivo diz que qualquer funcionário precisa ter a homologação da demissão realizada no sindicato e não diretamente na agência, porém não isso que o Itaú fez; eles alegam que usaram a lei trabalhista, porém temos um acordo e este não foi cumprido”, disse Ronaldo, afirmando ainda que se os bancos quitassem suas dívidas com o governo federal, a previdência não teria rombo. 

“O Bradesco[segundo o presidente] deve aos cofres federais R$ 575 mi, Itaú R$ 111,8 mi, Santander R$ 218,4 mi, Banco do Brasil R$ 209 mi e a Caixa Econômica Federal R$ 589,3 mi; esses dados são da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, pois bem, se esses valores forem pagos, o rombo que o governo diz ter na previdência, será sanado rapidamente”, concluiu Ronaldo.


Por volta das 10h20, manifestantes que estavam representando movimentos sociais como a Central Única dos Trabalhadores e o Movimento Sem Terra, juntamente com os demais presentes, foram para a Avenida Marcelino Pires estendendo faixas no semáforo e panfletando a motoristas e pedestres que passavam pela praça Antônio João.

Em discurso, a vice-presidente do Simted de Dourados, Gleice Jane Barbosa, disse que a intervenção militar no Rio de Janeiro é um problema. 

“Este governo está implantando uma intervenção militar no Rio de Janeiro como experiência para fazer o mesmo em outros Estados, e não podemos nos calar, pois quando a gente menos esperar, teremos um golpe de Estado e a reforma da Previdência será aprovada”, concluiu.

Fonte: Dourados News

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