Em luta contra tumor cerebral, sul-mato-grossense faz "vakinha" para cirurgia urgente
Juntos há 15 anos e com uma filha com pouco mais de um ano, o casal Robson Soares Ramos, 32, e Adriane Lara da Silva, 27, enfrentam uma luta contra um tumor e, consequentemente, o tempo. O pai da pequena Lívia precisa de uma cirurgia urgente e busca recursos para conseguir fazer.
No final de 2017, Robson apresentou os primeiros sintomas, quando começou a perder a voz. Após uma ressonância, foi constado um tumor chamado Astrocitoma Difuso, grau 2, que é menos benigno que o primeiro, mas, ainda assim, pode ser retirado apenas com cirurgia.
Após a descoberta, o morador de Eldorado, região Sul do Estado, foi encaminhado para Uoppecan (Hospital do Câncer de Cascavel – PR), onde iniciou o tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Depois de uma ressonância, foi constatado que o tumor estava se desenvolvendo do lado esquerdo do cérebro.
Logo em seguida, o jovem passou por uma cirurgia e biópsia, além de 27 sessões de radioterapia local para barrar o crescimento do tumor. Adriane, esposa de Robson, conta que após os procedimentos em 2018, ele passou a fazer ressonância a cada seis meses.
Entretanto, desde novembro de 2023, o acompanhamento foi alterado para cada três meses, sendo constatado mais um aumento no tumor. E no dia 27 de fevereiro, após uma nova ressonância, o casal recebeu a notícia de que Robson terá que fazer nova cirurgia, o mais rápido possível.
A demora em realizar o procedimento pode acarretar em mais sequelas, além das que o marido já desenvolveu durante o processo, como dificuldade de fala; entortar da boca; perca da sensibilidade e força no braço direito e fortes dores de cabeça.
Contudo, a família lida com o dilema para arcar com valor do procedimento, que custa em torno de R$ 60 mil. Adriane relata que, após o encaminhamento para a nova cirurgia, junto ao SUS, verificou se o Estado custearia o procedimento, porém, receberam a negativa.
Robson está afastado do trabalho desde que iniciou o tratamento, devido ao risco de ter crises convulsivas. Além disso, a medicação para controlar as fortes dores de cabeça o deixam com tontura e sonolento durante todo o tempo.
“A doença não é nada fácil, pois foi muito inesperado. Ele era um rapaz bem ativo, sempre gostou de trabalhar e dirigir, e do nada você ser privado de tudo isso, não é uma situação fácil. Com tudo isso, ele desenvolveu crises fortes de ansiedade e depressão”, comenta a esposa.
Adriane ainda conta que, anteriormente, o gasto mensal era apenas do remédio de ansiedade, que custa por volta de 98,00, mas aumentou, por serem receitados mais dois remédios para controlar as fortes dores de cabeça e ansiolítico, que devem ser tomados a cada oito horas.
“Eu consegui juntamente a Regulação de Saúde da cidade algumas caixas de medicamentos, que nos ajudou bastante”, relata.
Solidariedade
Sem ajuda financeira do Estado ou Município, e apenas com auxílio do INSS, o casal tem contato com a solidariedade da população eldoradense, que está desenvolvendo várias ações para levantar a quantia necessária.
Um grupo de mulheres da cidade está organizando um bazar beneficente, pedágio e galinhada. Além disso, o casal está recebendo doações de roupas para o bazar; e de brindes, ganharam novilha, porco, televisão e um som automotivo para rifar.
Adriane enfatiza que muitos moradores de Eldorado estão se mobilizando em prol da arrecadação do valor para a cirurgia, “agradeço a população eldoradense pela ajuda e apoio nessa caminhada”.
Mesmo assim, o valor que pode ser arrecadado por meio dessas ações, está longe do que é necessário para realizar o procedimento, por isso, o casal fez uma “vakinha online”, que pode ser acessada ao clicar neste link.
*Foto interna: Robson com a esposa Adriane e a filha Lívia/ Arquivo Pessoal
Fonte: Jessica Beatriz / Dourados News
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