Em MS, 83% das mortes violentas foram de homens entre 15 e 29 anos, diz IBGE
Em 2017, assassinato de ex-vereador Cristóvão Silveira e sua esposa Fátima Silveira, chocaram a população. (João Paulo Gonçalves)
Mato Grosso do Sul registrou um total de 15.610 óbitos em 2017, sendo que deste total, 1358 foram causas externas - que enquadram homicídios, suicídios e acidentes de trânsito. O levantamento do IBGE, divulgado nesta quarta-feira (31) pontua, ainda, que 83% dessas mortes violentas atingiram homens na faixa etária de 15 a 29 anos.
Com relação ao passado, das 15.610 mortes do Estado, 6.402 ocorreram em Campo Grande. Já dos 1.358 óbitos violentos, 392 foram registrados na Capital.
Entre 2007 e 2017, analisando-se os registros de óbitos violentos em homens de 15 a 24 anos de idade por Unidade da Federação, houve aumentos em 17 das 27 unidades da federação. Na contramão dos índices nacionais, Mato Grosso do Sul registrou queda 23,5%.
A natureza do óbito registrado pode ser natural (devido a causas biológicas), não natural (devido a causas externas, tais como: acidentes de trânsito, afogamentos, suicídios, homicídios, quedas acidentais etc.) ou ignorada.
“A mortalidade masculina é superior à feminina ao longo de toda a vida. Contudo, em um determinado intervalo de idade, principalmente entre jovens e adultos jovens, esse diferencial se acentua. As causas principais para essa diferença são justamente as mortes não naturais, que incidem com mais intensidade entre homens”, observa a gerente da pesquisa Klívia Oliveira.
Casos - Em 2017, por exemplo, o assassinato brutal do ex-vereador Cristóvão Silveira e sua esposa Fátima Silveira, chocou a população. O crime aconteceu no sítio Bem-te-vi-, localizado na saída para Rochedo, na MS-080. O vereador e a mulher, encontrada nua e com parte das pernas queimada, foram mortos com várias facadas.
Os suspeitos, o caseiro da chácara Rivelino Mangelo, 45 anos, e os dois filhos dele, Alberto Nunes Mangelo, 20 anos, e Rogério Nunes Mangelo, 19 anos, foram presos.
Cristovão Silveira foi vereador por 5 mandatos em Campo Grande. Entre os projetos de sua autoria estão a lei que, em 1997, tornou obrigatório o uso do cinco de segurança para motoristas e passageiros em Campo Grande. A esposa dele, Fátima de Jesus Diniz Silveira, de 56 anos, era formada em Turismo, e dedicava-se à família. Eles deixam 2 filhos.
Fonte: Danielle Valentim / Campo Grandes News
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