Governo discute mudanças na diretoria da Vale após desastre em Minas

Porta-voz disse que o governo estuda medidas a serem tomadas em relação à diretoria da empresa Vale
28/01/2019 19:20 Brasil

O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, disse na segunda-feira (28) que o governo estuda medidas a serem tomadas em relação à diretoria da empresa Vale, responsável pela barragem de rejeitos de minério que se rompeu em Brumadinho (MG), na última sexta-feira (25).

"Estudos estão sendo aprofundados para que a decisão seja tomada adequadamente e naturalmente dentro dos ditames legais que regem o nosso dia a dia", disse o porta-voz, ao ser questionado sobre possíveis afastamentos de diretores da Vale. O governo federal tem participação na empresa.

Segundo ele, não há decisão sobre mudanças na legislação para licenciamento ambiental. "Estudos estão sendo aprofundados a respeito da legislação para que a decisão seja tomada adequadamente pelo governo federal. No momento, nós ainda não temos uma decisão fechada e acordada no que toca a essa questão do licenciamento de barragens", disse.

O porta-voz acompanha, no Hospital Albert Einstein, a internação do presidente Jair Bolsonaro, que passou por cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal.

De acordo com Barros, não há definição sobre os repasses financeiros para Brumadinho. "O governo federal está à disposição para receber os pedidos de Minas Gerais. Neste momento, o estado trabalha focado nas ações de resgate e assistência devida às vítimas”, afirmou. “Tão logo as medidas de reconstrução sejam iniciadas e pedidos direcionados ao governo federal, o presidente Bolsonaro e sua equipe técnica darão os devidos encaminhamentos para o auxílio continuado ao estado e ao município de Brumadinho."

Entre as ações já implementadas pelo governo federal, desde a última sexta-feira, Barros destacou a multa de R$ 250 milhões aplicada à Vale pelo Ministério do Meio Ambiente; a antecipação do pagamento do Bolsa Família para beneficiários do município de Brumadinho; o envio de profissionais de vigilância em saúde para ações de apoio em relação à qualidade da água para consumo humano; o acompanhamento técnico da equipe de apoio israelense no local, entre outras ações.

Fonte: Camila Boehm - Repórter da Agência Brasil / EBC

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