Homem invade escola e agride menina negra que abraçou o filho

11/03/2024 22:56 Brasil

Na entrada da escola, a cena de carinho com um coleguinha virou violência registrada em vídeo pelo circuito de segurança da Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, no Bairro Universitário, em Campo Grande.

Na cena, uma menina negra de apenas quatro anos, chega para começar o dia feliz da vida, puxando a mochila de rodinhas. Ao entrar na fila, ela abraça o amigo que está na frente e segue comportada a espera do sinal de entrada. Até que, de repente, o pai do garotinho invade o pátio, empurra a menina pelas costas, aponta o dedo para o rosto dela e grita. Em seguida, tira o filho da fila e vai embora.

Parecendo incrédula, a professora fica paralisada diante da imagem e depois segue a rotina, mas a confusão só estava começando. Antes de invadir o pátio, o homem agrediu a diretora que tentava impedir o pai de entrar em local proibido para os adultos. Segundo o site Campo Grande News, a servidora acionou a Guarda Municipal, registrou boletim de ocorrência e o caso foi parar na DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).

À polícia, a diretora contou que depois de sair da escola, o homem voltou, entrou na sala dela e admitiu que já tinha dado ordens ao filho para bater na menina, caso ela se aproximasse dele, sem qualquer explicação.

Para a advogada da família da garotinha, Lione Balta Cardozo, se trata de crime de racismo. “É uma criança de 20 quilos, que acabou de entrar na escola. Nem que ela e o menino estivessem brigando um pai teria o direito de reagir assim. A menina é um doce, carinhosa, educada. Tem só 5 anos. Não há justificativa para tamanha violência. Essa menina vai ficar marcada para sempre”.

Logo depois da confusão, todos os envolvidos foram até a DPCA, inclusive, o pai. Mas o teor do depoimento não foi divulgado, nem a justificativa dele para a agressão contra uma criança de 4 anos.

“Diretora, professora, cuidadora do pátio... todo mundo que viu a cena prestou depoimento. A criança é tão pequena que foi ouvida pela psicóloga chupando chupeta e com o paninho dela na mão”, relata a advogada. 

Fonte: Dourados News

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