Milho sobe na B3 mais uma vez e fecha o dia com altas de mais de 2% diante de clima adverso no país
Nesta terça-feira (12), os futuros do milho negociados na B3 intensificaram seus ganhos e terminaram o pregão com altas de mais de 2% entre as posições mais negociadas. O maio encerrou o dia com R$ 62,84, subindo 2,01%, enquanto o julho avançou 2,64% para R$ 61,52. O setembro - referência importante para a safrinha - fechou com R$ 62,95 e ganho de 1,99%.
"O motivo foi a redução nas estimativas da produção de mliho brasileiro 2023/24 pela Conab, especialmente para a segunda safra 2024, que ficou projetada agora em 87 milhões, contra 102 milhões do ano passado", explicam os analistas da Agrinvest Commodities. A consultoria acredita que este seja um número bastante pessimista dado que o plantio ainda está em andamento no Brasil, entretanto, considera também os investimentos dos produtores nos pacotes tecnológicos para esta temporada.
Além disso, o clima é outro ponto de preocupação. As condições adversas esperadas para os próximos dias, em função de uma nova onda de calor atuando sobre o Brasil, podem prejudicar ainda mais as lavouras que estão em pleno desenvolvimento, podendo dar ainda mais espaço a reajustes para baixo nas projeções de safra do país.
"A quebra desta onda de calor só irá ocorrer mais para o final da semana, quando uma nova onda de frio na região Sul começará a se deslocar para a região Central e Sudeste do Brasil, diminuindo gradualmente as temperaturas", afirma o time da Agrinvest Commodities.
Ainda segundo os especialistas da consultoria, este cenário "gera preocupação pontual para as lavouras já estabelecidas de milho safrinha. O plantio nas principais regiões ocorreu bem e de forma acelerada, mas se o estresse térmico e poucoas chuvas se alongarem por mais dias, isso pode representar algum risco para a produtividade da safra".
O corte da Conab, de acordo com os especialistas, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) voltou a cortar sua projeção para a safra de milho no Brasil, e o "ajuste foi realizado perante uma redução de área, saindo de 20,444 milhões de hectares em fevereiro para 20,361 milhões na estimativa de março. Os níveis de produtividade saíram de 5,561 apara 5,538 quilos por hectare", complementa a Agrinvest.
Desta forma, o último número projetado pela estatal é de uma produção total de milho no Brasil de 112,725 milhões de toneladas, contra 113,696 milhões na estimativa de fevereiro.
Fonte: Notícias Agrícolas / Dourados News
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