Operação contra Aécio cumpriu mandados de intimação em MS
Em Mato Grosso do Sul, a Operação Ross, deflagrada nesta terça-feira (dia 11) pela PF (Polícia Federal) contra o senador Aécio Neves (PSDB), cumpriu mandados de intimação. A informação é da Superintendência da PF em Brasília.
A assessoria não detalhou quem foram os alvos no Estado. Foram oito mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, dois em Nova Lima, dois em Brumadinho – cidades de Minas Gerais; Em São Paulo, outros três, dois em Mogi das Cruzes, um em Biritiba Mirim, três em Barretos e dois no Rio de Janeiro.
A operação tem o objetivo de investigar o recebimento de vantagens indevidas por parte dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), José Agripino Maia (DEM-RN), Antônio Anastasia (PSDB-MG), além dos deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP), Benito Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil (PTB-RJ). O esquema ocorreu entre 2014 e 2017.
Os nomes dos envolvidos em MS não foram revelados. Segundo a PF, o processo corre em sigilo, mas que não há políticos do Estado envolvidos na ação e, sim, pessoas de outros cargos provavelmente ligadas aos alvos.
Ao todo, 200 policiais federais cumprem 24 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e também 48 intimações para oitivas em Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Tocantins, e Amapá.
Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam os R$ 100 milhões, segundo a Polícia Federal. A suspeita é de que os valores eram recebidos por meio da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias.
Delação
O conteúdo da ação não foi revelado, por enquanto, em virtude de o processo correr em sigilo. Contudo, em maio de 2017, Sérgio Magno Gomes Louzada, que foi tesoureiro do PTB em MS, filho do então presidente do partido, Ivan Louzada, teria sido destinatário de parte dos R$ 20 milhões separados pela JBS para garantir o apoio dos petebistas, depois de negociação com Cristiane Brasil, a filha do presidente nacional da sigla, o ex-deputado delator do mensalão, Roberto Jefferson.
A revelação partiu da delação de Ricardo Saud, um dos diretores da JBS. Na ocasião, ele não falou qual valor depositou para Louzada.
Fonte: Mayara Bueno / Campo Grandes News
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