A 4ª fase da operação Luz da Infância em combate à pornografia infantil, que foi deflagrada nesta quinta-feira (28) em 26 estados e no Distrito Federal, trouxe à tona o caso de um estupro de vulnerável contra uma menina que teria sido abusada pelo pai e pelo tio em Campo Grande.

Conforme informações da delegada Marília de Brito, da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), dois homens, de 32 e 34 anos, ambos técnicos de informática, foram presos durante a operação em Campo Grande.

A primeira prisão ocorreu na Vila Nasser, após a polícia localizar no computador do homem de 32 anos mais de 1 terabyte de material pornográfico, que é considerado uma quantidade muito acima do que geralmente é encontrado. Durante a operação, os policiais também descobriram que o suspeito teria estuprado uma sobrinha quando ela ainda era criança. A vítima também era abusada pelo pai, irmão do alvo da operação.

Segundo a delegada, na época o técnico chegou a levar a sobrinha na delegacia para denunciar o pai. ''Mas ele disse que a criança tinha que contar apenas sobre o pai", revelou.

A segunda prisão foi no bairro Cabreúva. Além de armazenar e compartilhar as imagens pornográficas envolvendo crianças em dois HDs e em um celular, o técnico de informática também produzia o material. As vítimas, porém, ainda não foram identificadas.

Durante a operação na Capital, um outro homem foi detido e encaminhado à delegacia para averiguação, mas ainda não há confirmação de que ele também praticasse o crime.

A polícia ainda está em diligências para cumprir o terceiro mandado de busca e apreensão em Campo Grande.

Interior - Em Dourados, um serralheiro, de 35 anos, e um auxiliar de serviços gerais, de 53, foram presos por armazenamento de material pornográfico de crianças.

Em Três Lagoas, um mandado de busca e apreensão foi cumprido, materiais criminosos foram encontrados, mas o alvo não foi localizado.

A operação é nacional e coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Fonte: Kerolyn Araújo e Mirian Machado / Campo Grandes News