Parentes de PMs do RJ continuam protestos; serviços não são afetados

11/02/2017 10:43 Brasil
Familiares de PMs na porta do 23º BPM, no Leblon (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
Familiares de PMs na porta do 23º BPM, no Leblon (Foto: Matheus Rodrigues/G1)

Familiares de policiais militares do Rio de Janeiro mantiveram protesto neste sábado (11) na porta de vários batalhões pelo segundo dia seguido. Segundo a corporação, 29 das 100 unidades tiveram manifestações, por melhores condições de trabalho, pelo pagamento do 13º salário e pelo regime adicional de serviço (RAS).

Apesar das manifestações, o policiamento nas ruas segue ocorrendo, segundo a corporação. Pelo Twitter, a PM do RJ tem postado fotos de viaturas deixando os batalhões e circulando pela cidade. Os serviços públicos não estão afetados.

O secretário de segurança Roberto Sá acompanha a situação dos batalhões neste sábado diretamente do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

"Não existe paralisação da Polícia Militar e sim uma mobilização de familiares, iniciada pelas redes sociais. A Corporação está atenta às maniestações e conscientizando a tropa da importância da presença policial nas ruas. O patrulhamento está sendo realizado normalmente. As rendições, quando necessárias, são realizadas no lado externo e locais que apresentaram maiores problemas estão com apoio de outras Unidades", informou a PM, em nota, negando que haja greve.

A polícia fez ainda um apelo aos manifestantes: "Não impeçam o ir e vir dos nossos policiais, nem coloquem em risco as nossas vidas, dos nossos familiares e de toda a população."

Pelo menos 10 batalhões estão com bloqueios de parentes na porta, o que não impediu a rendição de policiais militares nem a troca de viaturas que estão sendo feitas fora dos quartéis, nas companhias independentes e nas ruas. O único batalhão que informou não ter conseguido fazer a troca de plantão foi o 18º batalhão, de Jacarepaguá, que está com todo o efetivo que entrou ontem trabalhando dentro e fora do quartel.

Segundo os policiais militares ouvidos pelo G1 e pela TV Globo, os parentes bloqueiam a porta dos seguintes batalhões: São Gonçalo (7° BPM); Rocha Miranda (9º BPM), Niterói (12º BPM), Caxias (15º BPM), Ilha do Governador (17º BPM), Jacarepaguá (18º BPM), Copacabana (19º BPM), Recreio (31º BPM) e Magé (34º BPM). A equipe de reportagem não conseguiu contato com todos os batalhões.

No 4º BPM (São Cristóvão) e no 23º BPM (Leblon), quem chegava para trabalhar na manhã deste sábado tinha o RG anotado. Quem saía, era impedido de levar a farda. Os carros de passeio eram revistados e viaturas, barradas.

No batalhão de Mesquita (20º), havia bloqueio para entrada, mas a saída de agentes era liberada. Em Caxias, estava bloqueada a entrada e a saída de policiais, assim como no Méier (3º BPM). Alguns agentes aguardavam do lado de fora para fazer a rendição. A equipe de reportagem da TV Globo viu carros de PMs policiando o município.

No batalhão da Tijuca (6º BPM), manifestantes que estão no local informaram que foi permitido que os PMs fizessem rendição pela manhã. No batalhão de Copacabana (19º), a situação era tranquila.

Durante a noite, um carro blindado da Polícia Militar estacionou ao lado de um grupo de familiares que estava acampado em frente ao 16º BPM (Olaria), na Zona Norte do Rio. O caveirão passou a madrugada no local por causa da presença do grupo.

Outras corporações reforçam segurança
As manifestações começaram na sexta-feira (10). À noite, o secretário de Segurança Roberto Sá informou, durante entrevista coletiva que outras corporações, como a Polícia Civil e guardas municipais de municípios da Baixada e de Niterói colocaram seus efetivos à disposição para ajudar em rondas durante eventuais carências de patrulhamento durante manifestações em batalhões da PM do Rio.

De acordo com o secretário, as prefeituras de Niterói e de Duque de Caxias também ofereceram ajuda para o abastecimento de viaturas da Polícia Militar. Sá afirma que o policiamento cobriu todos os lugares do Rio, apesar de um prejuízo de 5% a 10% no total de policiais. O secretário pediu para que boatos não sejam repassados.

"Isso causa um pânico que não interessa ninguém', afirmou.

 

Fonte: Do G1

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