Polícia Civil diz que apura envolvimento de policiais no tráfico e não vai tolerar ações
Após a Operação Snow apontar envolvimento de policiais civis no tráfico de cocaína, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul informou via nota oficial divulgada à imprensa que procedimentos administrativos estão em andamento na Corregedoria para apurar eventuais transgressões disciplinares.
O órgão disse ainda que não vai tolerar “desvios de conduta, nem qualquer comportamento que comprometa a integridade da instituição e a confiança da sociedade”.
Ainda não foram detalhados quantos policiais civis estariam envolvidos no esquema e nem em quais unidades estão lotados.
As investigações apontaram que ambos recebiam R$ 80 mil em dinheiro, para pegarem a cocaína em Ponta Porã e transportar até Dourados, em viatura oficial, o que teria ocorrido ao menos seis vezes, nos meses de julho e agosto de 2023, atividade criminosa por meio da qual acabaram enriquecendo.
Apesar das prisões de Santos e Medeiros, em 2023, o órgão não confirmou até ao momento se as investigações atuais da ‘Snow’ estão ligadas a esses acontecimentos.
Veja a nota da Polícia Civil na íntegra
“A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul tem o compromisso de combater qualquer crime em nosso Estado. Nesse contexto informamos nossa participação na operação em curso conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
No decorrer dessa operação, os mandados de prisão relacionados à prisão e busca e apreensão relacionados a policiais civis foram cumpridos pela nossa instituição, por meio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil.
Salientamos que, além das medidas de natureza criminal, encontram- se em andamento na Corregedoria procedimentos administrativos para apurar eventuais transgressões disciplinares.
Por fim reforçamos o compromisso de não não tolerarmos com desvios de conduta nem qualquer comportamento que comprometa a integridade da instituição e a confiança da sociedade”.
Operação Snow
A Operação mira organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, especialmente cocaína, em Campo Grande. A droga era transportada via caminhões refrigerados e até em viaturas oficiais da polícia.
O cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva (3 alvos já estão custodiados no regime prisional fechado de Mato Grosso do Sul), além de 33 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande e Ponta Porã são estimados na Operação.
De acordo com o MPMS, a organização criminosa, altamente estruturada, com uma rede sofisticada de distribuição, contava com vários integrantes, inclusive com policiais cooptados. Para fazer o translado da droga, o grupo usava empresas de transporte, as quais eram utilizadas também para a lavagem de capitais, ocultando a real origem e destinação dos valores obtidos com o narcotráfico.
Fonte: Gizele Almeida / Dourados News
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