Ponte em Porto Murtinho terá forte impacto na região de fronteira, diz presidente do PY
Presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, ao lado do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durante evento (Foto: Chico Ribeiro - Governo MS)
Durante o lançamento da licitação da ponte que vai passar por Porto Murtinho e a cidade de Carmelo Peralta, o presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, que participou do evento, disse que a obra vai promover forte impacto econômico e social em toda região, retirando este local do isolamento.
“A ponte será o motor do desenvolvimento sem precedentes, com esse gesto vamos superar a falta de confiança e recuperar a autoestima de uma região pouco valorizada”, disse Benítez. O evento teve a participação de várias autoridades de Mato Grosso do Sul, entre eles o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o senador Nelsinho Trad (PSD) e o deputado federal, Vander Loubet (PT).
Ao final da solenidade, o grupo seguiu ao local onde será feita a ponte de concreto, sobre o rio Paraguai, que será um dos caminhos da rota biocêanica, rumo aos portos do Pacífico, por um caminho mais curto via os países da América do Sul. A obra terá um custo de R$ 290 milhões, e deve ser entregue até abril de 2023.
O presidente do Paraguai citou que a obra (ponte) segue o anteprojeto elaborado pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e deve ter início em março de 2020. A ponte terá uma extensão de 680 metros, com quatro pistas e acessos laterais para circulação das pessoas.
Mercado asiático - O modelo escolhido pela Itaipu Paraguai foi uma ponte semelhante que fica sobre o Rio Paraná, na divisa do Estado com Minas Gerais. A rota bioceânica que está sendo implantada vai reduzir em 17 dias a viagem ao mercado asiático, onde estão os países que mais compram os produtos do Brasil e da América do Sul.
“A Ásia é o melhor mercado para Mato Grosso do Sul, que hoje representa 54% da receita do Estado com as exportações de soja, celulose, açúcar, couro e outros produtos”, descreveu o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck. Ele entende que estes avanços ainda ajudam a “destravar embaraços” nas alfândegas entre os países.
Está se discutindo um acordo sanitário animal e vegetal com o Paraguai, que deve ser assinado em agosto. Outro objetivo é uma “alfândega integrada” com o país vizinho, que seria instalada próxima à ponte, do lado brasileiro. “É fundamental para darmos fluidez às cargas”, avalia Verruck.
Fonte: Leonardo Rocha / Campo Grandes News
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