Protesto de caminhoneiros entra no 3º dia com bloqueios em rodovias

Manifestações nesta quarta-feira ocorrem em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, entre outros Estados.
23/05/2018 06:33 Brasil
Caminhoneiro fez barricada na Régis Bittencourt, na altura de Embu das Artes (SP), durante protesto na terça-feira (23) - Everaldo Silva/Futura Press/Folhapress
Caminhoneiro fez barricada na Régis Bittencourt, na altura de Embu das Artes (SP), durante protesto na terça-feira (23) - Everaldo Silva/Futura Press/Folhapress

A greve dos caminhoneiros entra no 3º dia nesta quarta-feira (23) com bloqueios em rodovias federais em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Eles permitem a passagem apenas de carros, ônibus e ambulâncias.

Em São Paulo, por volta das 5h30 eram registrados ao menos três bloqueios na rodovia Presidente Dutra. Na região de Santa Isabel, o protesto ocorria nos dois sentidos da via, no km 186.

Nas cidades de Jacareí e São José dos Campos, os caminhoneiros bloqueavam a via no sentido Rio nos quilômetros 164 e 156.

No mesmo horário, os caminhoneiros também protestavam nos dois sentidos da rodovia Régis Bittencourt. 

No sentido São Paulo, o bloqueio na via ocorria do km 478 ao 477. Já no trânsito no sentido Paraná, estava interrompido do km 470 ao 477, na região de Jacupiranga; e do km 384 ao 385, em Miracatu.

Na rodovia Fernão Dias, os motoristas enfrentavam ao menos 15 bloqueios em cidades de São Paulo e Minas Gerais. 

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Minas registrava outros bloqueios em trechos das rodovias BR-40, BR-50, BR-116, BR-153, BR-251, BR-262, BR-365 e BR-381. 

No Espírito Santo, o trânsito está interrompido nos quilômetros 304, 376 e 414 da BR-101; no km 262 da BR-262; km 46 e km 50,7 da BR-259.

Os caminhoneiros pedem mudanças na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras (medida que o governo refuta) e redução da carga tributária para o diesel (que está em negociação). 

A nova política de reajustes, adotada pela Petrobras em julho do ano passado, é bem-vista por investidores por acompanhar o padrão adotado em outros países. Alterá-la agora seria interpretado como intervenção do governo na estatal. 

Com essa nova política, os valores dos combustíveis sofrem alterações diárias que acompanham a cotação internacional do petróleo e a variação do câmbio. 

Como o dólar e o preço do óleo tiveram repiques, o valor do diesel saltou. Em um mês, o litro do diesel na bomba subiu 4,9%, de R$ 3,42 para R$ 3,59, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). 

Fonte: Folha de S.Paulo

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