Secretário critica entidades e diz que “politicagem acabou” em demarcações

Luiz Nahban, do Ministério da Agricultura, também disse que governo federal não dialoga com MST e Cimi
11/05/2019 13:35 Brasil
Foto: Reprodução
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Em Mato Grosso do Sul, o secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Nahban, disse que a meta do governo federal é “fazer as coisas dentro da legalidade” e não mais com “fantasia e politicagem”. O discurso foi resposta às indagações sobre demarcações de terras indígenas no Estado.

Ele e o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), participam da abertura da 55ª Expoagro de Dourados, 225 km de Campo Grande, neste sábado (dia 11).

Para o ministro, não há necessidade de mais terras demarcadas e que, se tiver, serão feitas sem “viés ideológico, com viés político ou interesse geopolítico de ongs que estão aí de forma escusa”. “Isso acabou nesse governo. Então não vou dizer que acabou [as demarcações], mas se tiver, será dentro da legalidade”. Nahban, no entanto, não detalhou possíveis critérios para eventuais demarcações.

O titular da pasta, que hoje une interesses do produtor e do indígena, justamente públicos antagonistas, também endureceu o discurso sobre entidades voltadas para questão indígena e sem-terra, quando questionado sobre manter diálogo com MST (Movimento Sem Terra) e Cimi (Conselho Indigenista Missionário).

“Esse governo não conversa com quem age fora da lei. Com os demais, o diálogo é permanente, com quem mantém e respeita o direito de propriedade, o estado democrático de direito, mantém uma política de diálogo saudável, não essa doentia de invasão. Invasão é crime e ponto final”.

Ao lado do ministro, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que o ministério “está dialogando bem”. “O desenvolvimento do País precisa de todos e precisa de paz. Precisa construir parcerias, distensionar essa questão das invasões e ter uma segurança jurídica, aí nós vamos crescer”.

Para o chefe do Executivo estadual, Nahban “tem um papel extraordinário” no diálogo rumo à pacificação dos conflitos entre ruralistas e indígenas.

Fonte: Mayara Bueno e Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News

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