Seis anos após Paraíso da Águas ser criado, IBGE redefine limites de 5 municípios de MS
Vista aérea de Paraíso das Águas; criação de município impactou nos limites de quatro vizinhos. (Foto: O Correio News/Reprodução)
Seis anos depois da fundação de Paraíso das Águas, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) providenciou a readequação de mapas do município e dos outros quatro que cederam terras para a mais nova cidade sul-mato-grossense (Costa Rica, Chapadão do Sul, Camapuã e Água Clara). A medida, conforme o órgão, poderá ter impacto na próxima Estimativa da População, a ser divulgada em agosto deste ano e que é usada, por exemplo, para a partilha de recursos públicos a partir do número de habitantes de cada município do país.
Ao todo, o IBGE realizou mudanças nos limites de 268 cidades brasileiras entre 2018 e este ano. As mudanças na DPA (Divisão Político-Administrativa Brasileira) são aplicadas a partir de análises efetuadas por meio de cooperações técnicas entre o instituto e órgãos estaduais e encaminhadas entre 1º de maio de 2017 e 30 de abril do ano passado.
Promovidas desde a divulgação do Censo de 2010, elas devem impactar nas estimativas de 2018, sendo fruto de novas leis estaduais sobre a criação e novas cidades, de ajustes cartográficos comunicados pelos Estados ao IBGE ou de uma melhor identificação e representação cartográfica dos mamas municipais graças a tecnologias de geo-referenciamento.
Paraíso das Águas foi oficialmente fundado em 1º de janeiro de 2013, embora o processo de emancipação do antigo distrito de Costa Rica remonte a 2006. Entre os critérios adotados para instalação do 79º município do Estado estava o contingente populacional, que precisaria superar inicialmente os 4 mil habitantes.
Foram cedidas terras de Camapuã, Costa Rica, Chapadão do Sul e Água Clara para criação do novo município. Hoje, Paraíso das Águas tem pouco mais de 5 mil moradores, conforme a última estimativa do próprio IBGE.
Com a redefinição dos mapas, pode haver flutuações populacionais, acalentando ainda mais disputas territoriais entre os municípios –Água Clara perdeu mais de 30% de sua área, incluindo os distritos de Bela Alvorada e Pouso Alto; e em Chapadão do Sul tornou-se notória disputa que envolveu uma agroindústria local, com a maioria das terras produtivas em território sul-chapadense, porém, como a sede administrativa ficava em Paraíso, a arrecadação acabou destinada ao novo município (critério do IBGE para definir a localização de empresas).
Fonte: Humberto Marques / Campo Grandes News
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