Funcionários da Usina São Fernando Açúcar e Álcool que estão sem receber rescisões contratuais após serem demitidos ou pedirem o desligamento não descartam a realização de um protesto em frente ao empresa por seus direitos. Um grupo se reuniu na tarde desta quinta-feira (30) no Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Fabricação do Açúcar e Álcool de Dourados e parte deles aguardava representantes da usina que haviam marcado de realizar pagamentos no local, o que não aconteceu.

O funcionário Eder da Silva Leite compareceu ao encontro que não ocorreu. Ele cita que no caso dele e de alguns outros colegas de trabalho, a empresa tem o prazo final de até 03 de julho para quitar o valor e caso isso não ocorra, os funcionários devem se unir para o movimento.

“Todos precisamos receber, eu e outros vamos esperar até essa, que para nós, é a data final e se continuar assim vamos nos reunir em ato na frente da usina com faixas e tudo mais”, comentou.

Já o funcionário Diego Cruz afirma que o prazo para do recebimento de sua rescisão já venceu há alguns dias e com isso há o receio devido as contas atrasadas. Ele destaca que uma das grandes dificuldades em não resolver o desligamento é não poder ser contratado por outra empresa.

“Ficamos sem respostas e ainda ‘presos’ a usina sem poder entrar em outro trabalho. Vim para tentar pressionar. É muito difícil (atraso), depois nós que teremos arcar com os prejuízos como juros de cartão e outras contas”, cita.

O presidente do sindicato, Donizetti Aparecido Martins, afirmou que havia recebido a ligação de um representante da empresa na tarde desta quinta (30), afirmando que ainda não haviam levantado o valor para efetuar os pagamentos mas, que estavam em busca de soluções.

“Entendemos que estão passando por um período difícil, não compareceram, mas, ligaram e disseram que estão na tentativa de resolver essa questão e esperamos que ocorra logo”, destacou.

Na manhã de quarta-feira (29) o representante do sindicato e funcionários protocolaram um documento junto ao MPT (Ministério Público do Trabalho) no qual relataram a situação do atraso das rescisões, do não pagamento de contribuições fundiárias, tickets de alimentação e do plano de saúde.

O Dourados News entrou em contato com a Usina São Fernando para um posicionamento sobre a informação de falta do pagamento de rescisões e o não comparecimento para o encontro no sindicato, porém, até o fechamento deste material não obteve retorno.

A equipe também tentou contato com a procuradora do trabalho, Cândiece Gabriela Arósio, que atendeu os trabalhadores para obter mais detalhes sobre o caso, porém ela estava em audiência.

 

Fonte: Gizele Almeida, do Dourados News