Valores aumentam e viagem de norte a sul pela BR-163 em MS fica mais cara e sai por R$ 55

17/09/2015 19:11 Brasil
Praça de pedágio da CCR MSVia em Jaraguari.. Foto: Rachid Waqued/Assessoria CCR MSvia
Praça de pedágio da CCR MSVia em Jaraguari.. Foto: Rachid Waqued/Assessoria CCR MSvia

A tarifa básica do pedágio da BR-163 em Mato Grosso do Sul, que começa a ser cobrado no dia 14, foi reajustado este mês, mas antes mesmo do início da cobrança, o diretor-presidente da CCR MSVia, empresa que administra a duplicação, Maurício Soares Negrão, já prevê mudança, para mais, dos preços. Segundo ele afirmou nesta tarde, novas obras podem aparecer e um aumento pode ser cogitado. Em maio de 2012, quando a empresa recebeu a concessão, o valor por 100 km era R$ 4,38, e este ano foi reajustado para R$ 6,48 por cem quilômetros rodados, ou seja 47%, junto com a autorização para entrada em vigor.

Durante o mês de agosto, a CCR MSVia liberou uma parte da rodovia que já foi duplicado, totalizando 90 quilômetros de extensão, e atendendo à exigência contratual de concluir pelo menos 10% de duplicação da estrada. “Já fizemos 10% e estamos trabalhando para antecipar as obras de duplicação”, afirmou Maurício.

De acordo com o diretor-presidente da CCR MSVia, o reajuste de R$ 2,10 feito de 2012 para 2015 tem explicação: R$ 1,33 foi feito com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de maio de 2012 a setembro de 2015, R$ 0,12 na compensação por investimentos fora de contrato e R$ 0,66 nas perdas provocadas pela Lei do Caminhoneiro (eixo suspenso).


Durante entrevista em março deste ano, Presidente citava outro valor:
Pedágio para quem for de norte a sul de MS pela BR-163 custará R$ 41
 

A autorização do reajuste foi dada no dia 4 de setembro pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestes), em resolução publicada no Diário Oficial da União, que permite o início da cobrança. O valor do pedágio vai variar entre R$ 2,35 e R$ 43,20, dependendo do local e do tipo do veículo. São 9 postos de cobrança ao longo dos 845 km de rodovia. Segundo o diretor-presidente, “os valores não são iguais em todos os pedágios porque os trechos são diferentes. De pedágio para pedágio não são, exatos, 100 km”.

Os postos de cobrança estão instalados nos municípios de Mundo Novo, Itaquiraí, Caarapó, Rio Brilhante, Campo Grande, Jaraguari, São Gabriel do Oeste, Rio Verde de Mato Grosso e Pedro Gomes.

A tarifa básica para cada 100 quilômetros é de R$ 0,06488 e o valor varia conforme o tipo de veículo. Quanto maior, mais alto o preço.

Maurício ainda afirmou que até o fim das obras de duplicação, o cálculo da tarifa básica pode aumentar. “Podem aparecer novas obras não previstas, e com ela, um novo aumento”, ressaltou.

O diretor-presidente disse que a isenção no pedágio “não acontecerá, a não ser para veículos oficiais”.

Reclamação
As reclamações em torno da duplicação da BR-163 vêm ocorrendo desde que a obra foi anunciada. Os comércios que ficam as margens da rodovia se queixam do isolamento que a duplicação vai causa, visto a distância entre os retornos.

O proprietário da Churrascaria Carretão, em Jaraguari, Lucas Tonet , que fica no primeiro trecho duplicado da BR procurou a equipe do Jornal Midiamax para reclamar dessa situação. Segundo ele, houve diminuição de entrada no posto. “Ficamos muito prejudicados, o movimento já caiu 50%, porque nosso maior fluxo sempre foi de quem vem do norte”, destacou ele.

Sobre as reclamações, Maurício disse que esse “é o preço do progresso”. “E o valor que se paga pra você melhorar o serviço da rodovia”, ressaltou.

Investimento e estrutura
A empresa disputou a licitação com cinco grupos e saiu-se vencedora, em maio de 2012. O contrato com a CCR MSVia foi assinado em 14 de abril de 2014, para um período de concessão de 30 anos.

Até o momento foram injetados R$ 730 milhões na rodovia. Segundo Maurício, nos seis primeiros meses de obras foi feito a recuperação de pavimento, colocadas cercas e sinalização, meio-fio, drenagem, correção de erosão, capina e roçada do mato ao redor da rodovia.

Foram implantadas 17 bases provisórias com uma ambulância e um guincho cada. São ainda 8 guinchos pesados e 11 caminhões-pipa. Maurício explicou que mesmo o trânsito pesado da BR-163, os colaboradores chegam rapidamente, caso aconteça um acidente. “Temos 15 minutos para chegar ao local do atendimento”, disse ele.

Para a comunicação entre as bases foram instaladas 30 antenas e 17 painéis moveis de mensagem. “É uma forma de comunicação rápida e segura, caso ocorra um acidente, o painel avisa”, afirmou ele.

Receita
Segundo o diretor-presidente Maurício, é esperada, mensalmente, uma receita de R$ 30 milhões. Uma parte deste valor será repassada as Prefeituras das 21 cidades que estão no caminho da BR-163, de Mundo Novo a Sonora. “Esse 5% será rateado, proporcionalmente”, explicou ele.

 

Fonte: Catarine Sturza, do Midiamax

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