Casal já pedalou até Ilha Solteira para passar férias e vida ganhou novo sentido

Anna e Romualdo planejam ir para Curitiba no próximo ano, até lá são mais de 1000 quilômetros de estrada.
30/06/2018 08:35 Ciclismo
Foto: Reprodução
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Paraibano de nascimento, Romualdo Marcos de Souza, de 52 anos, cresceu no sertão e ainda na infância viu na televisão um rapaz que deu a volta ao mundo de bicicleta. Isso despertou nele a paixão por pedalar. Já em Campo Grande, se casou com Anna Christina Andrada, e depois de 14 anos de união os dois resolveram viajar pelo Estado de bicicleta e de lá para cá viveram muitas aventuras pelas estradas de Mato Grosso do Sul e do Brasil.

Este ano o casal pedalou até a cidade de Ilha Solteira em São Paulo, um recorde com baixo custo de viagem e paisagens que só se vê pedalando. “Eu comecei tudo, fui a Coxim que fica há 250 km de Campo Grande, e não parei mais, todas as férias temos um local novo para ir”, conta Romualdo.

Bonito, Costa Rica, Sonora e Piraputanga são alguns dos destinos que já foram visitados nas viagens em férias. “No inicio não gostei muito da ideia, mas logo enjoei de ficar sozinha e me juntei a ele e coloquei o pé na estrada”, confessa Anna.

Conforto não é o objetivo, nas andanças eles dizem que poucas vezes se hospedam em hotéis, a barraca é o quarto itinerante onde por vezes os dois dormem à beira da estrada. A cozinha também é montada na base do improviso, o que se tornou especialidade de Anna.

“O melhor mesmo é considerar que menos é mais. Começamos então a nos alimentar com lanches naturais e durante a pedalada nos tornamos vegetarianos, isso ajuda e nos mantém saudáveis”, explica Anna.

As roupas muitas vezes são lavadas em rios a beira de estradas, eles dizem que tudo deve ser muito prático. “Nossas viagens me ensinaram muito, para praticar até aqui em casa mesmo, cada lugar que vamos é único, sempre descobrimos algo”.

O casal sai de Campo Grande sempre com um roteiro, geralmente eles pedalam 70 quilômetros e param dormir. A bicicleta não é das mais caras. Romualdo é quem faz as adaptações para que a bike resista. “Por onde passamos, as pessoas nos admiram. Principalmente, nas cidades pequenas. Todos pedem para tirar fotos e perguntam se estamos precisando de alguma coisa!”, enfatiza.

Na última aventura, no mês passado, eles dizem que tiveram algumas surpresas, pois nunca tinham viajado no frio. “Quando fomos pra Ilha Solteira, levamos pouca roupa e quando o frio apertava parávamos e montávamos a barraca que é impermeável para poder suportar”, relata.

O orçamento é reduzido por conta da praticidade que tem que ter e não há espaço para exageros, eles só levam o necessário, até porque, segundo o casal, as pessoas doam alimentos, água e até oferecem abrigo. “Se engana quem pensa que é perigoso, os motoristas nos respeitam muito e sempre que nos veem parados já se solidarizam e perguntam o que aconteceu se precisamos de ajuda”.

Anna e Romualdo geralmente ficam 12 dias na estrada e oito curtindo as paisagens e lugares por onde passam. O casal aventureiro planeja para o futuro conhecer de bicicleta toda a América do Sul. “Para o ano que vem estamos planejando Curitiba e no futuro queremos ir ao Chile, Colômbia e Uruguai”, detalha.

Fonte: Willian Leite / Campo Grandes News

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