Itaporanense participa de desafio de mountain bike de 250 quilômetros

Nego tem 51 anos e começou no ciclismo a apenas quatro, e coloca a Ultra Maratona Pata de Onça como o maior desafio já enfrentado
11/09/2019 21:04 Ciclismo

Severino Freres, de 51 anos, conhecido em Itaporã como Nego do Espetinho, participou neste final de semana da Ultra Maratona Pata de Onça, em Nova Andradina, e concluiu com honras a prova de 250 quilômetros.

A prova iniciou no sábado (07), com os ciclistas percorrendo 150 quilômetros, os outros 100 foram completados no domingo.

Conforme relatos de vários atletas, apesar do percurso da prova ter muitas subidas, areia e o sol escaldante, o principal obstáculo foi o vento, que sacrificou os atletas e fez com que muitos desistissem antes de concluir o trajeto.

Nego afirmou que a principal dificuldade foi o vento, mas o longo trajeto, a poeira, a alta temperatura, as elevações do terreno e os problemas mecânicos elevaram ainda mais o grau de dificuldade da prova.

Nego é o primeiro itaporanense a participar da Ultra Maratona Pata de Onça, e contou ao iFato um pouco da sua emoção, superação e sacrifícios na prova. Leia o relato abaixo.

Descobri o MTB em 2015. Estava procurando uma atividade esportiva, sem muitas pretensões, e através deste desejo eu descobri a paixão por esse esporte.

Comprei minha primeira bicicleta em 2015, era simples apenas para passeios curtos e estrada de chão. Ao longo destes passeios também descobri o fantástico circuito social de pessoas que são apaixonadas por ciclismo e por se superar o tempo todo, e por meio dessas superações diárias nos pedais e após alguns anos de pedalada, me inscrevi pela primeira vez na prova de Fátima do Sul de 50 quilômetros.

Este ano decidi me inscrever na Ultramaratona Pata de Onça de Nova Andradina, competição conhecida nacional e internacionalmente. A prova consistia em um percurso de 250 km em 2 dias.

Na largada a emoção e a adrenalina tomaram conta por estar entre 650 atletas com o mesmo objetivo, precisaria se esforçar ao máximo para fazer os 150 km no primeiro dia e 100 km no segundo dia dentro do tempo estipulado, e não seria fácil!

Durante a prova o que mais me chamou a atenção foi a solidariedade dos atletas que mesmo prejudicados por várias quedas, sempre se dispunham a ajudar quem enfrentava dificuldades dos mais diversos tipos, desde quedas a problemas mecânicos, e isso é o que me fascina no mountain bike!

Ventou muito e o percurso foi extremamente cansativo, o que exigiu muito de todos os atletas, juntando com a temperatura e o alto índice de elevação. Eu por exemplo tive problemas no freio e andei metade do tempo com a roda presa. 

Ao final dos 2 dias pedalando 250 km, completei a prova feliz e cansado (e muito sujo de terra também). Ganhei a medalha de participação e uma experiência única que vou levar para o resto da vida!

Parabéns a toda equipe organizadora da prova, fica aqui o meu gesto de gratidão por todo suporte. Mesmo com toda dificuldade climática, impossível alguém não ter notado tamanho carinho e esforço de cada pessoa envolvida. Agora fica só a vontade de voltar outra vez...

Neste ano eu fui o primeiro ciclista a representar a cidade de Itaporã, mas no ano que vem, com certeza seremos mais!

Fonte: Aislan Nonato, do iFato

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