Campograndense inventa suporte para "preguiçoso" servir tereré
Ele não leva a sério a ideia até hoje e achou que a entrevista fosse uma brincadeira encomendada pelos amigos. Mas na terra do tereré, a água gelada na erva já virou cultura, assim como tudo o mais que tem relação com a bebida. Foi a preguiça que impulsionou o comerciante José Paulo Martins, de 34 anos, a criar uma engenhoca que serve até 2 litros de tereré, graças a uma alavanca.
“Estava fazendo aqui, fui soldando e fiz. Eu já tinha visto uma, mas não daquele jeito, aprimorei a ideia e acho que ficou mais legal”, comenta José Paulo.
O comerciante está sempre se revezando entre dois sacolões do bairro Tijuca, um na avenida Souto Maior e o outro, na Panambiverá. Pronto, ele não tem nenhum... Aliás, que nome leva a tal da engenhoca? Perguntei e ele criou ali, na hora. “Nem eu sei o nome, suporte para tereré, acho que é isso”, afirma.
O modo de usar é bem simples e dispensa manual. “Encaixa a garrafa de tereré e o copo. É um suporte feito para uma garrafa de 2 litros, para não precisa molhar a mão toda hora, aí tem o cabinho, pega, vira e já era”, ensina.
Criada há três meses, da linha de produção saíram só 20 peças. Algumas vendidas, distribuídas entre a família e outras que foram parar até no Mercadão Municipal. Só que o produto parece não ter agradado o público na barraca, porque ele diz que nunca ouviu falar se vendeu ou não ou se precisava de mais.
O preço, é um tanto considerável. “Vendi por aí numa média de R$ 40. Se o povo compra? Compra, ninguém gosta de ficar servindo, é coisa para preguiçoso”, admite.
Se tem clientela e procura, quero entender porque o inventor não produz mais. “Um monte de gente já me pediu, mas não tenho tempo. Se eu tivesse deixado no sacolão, já tinha saído uns 30”.
Fonte: Paula Maciulevicius
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