Poeta Manoel de Barros morre, aos 97 anos, na Capital

13/11/2014 10:08 Cultura / Lazer
Poeta Manoel de Barros morreu nesta quinta-feira aos 97 anos. Foto: Reprodução.
Poeta Manoel de Barros morreu nesta quinta-feira aos 97 anos. Foto: Reprodução.

O poeta Manoel de Barros morreu nesta quinta-feira (13), no Hospital Proncor de Campo Grande. No próximo dia 19 de dezembro ele completaria 98 anos de vida. O velório será no Parque das Primaveras e ainda não há horário definido.

Ele estava internado havia duas semanas e, durante esse período, passou por uma cirurgia no intestino. O boletim médico assinado pela médica Carmelita Vilela, informou que o falecimento ocorreu às 8h05 (de MS). As causas não foram informadas. De acordo com o Campo Grande News, o coração de Manoel parou de bater.

Manoel Wenceslau Leite de Barros era advogado, fazendeiro e poeta. Nasceu em Cuiabá, no Beco da Marinha, às margens do rio Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916. Filho de João Venceslau Barros, capataz na região, Manoel se mudou para Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense, onde passou a infância.

Nos últimos anos, o poeta morou em Campo Grande e levou uma vida reclusa ao lado da esposa.

Ao longo dos 74 anos de carreira, Manoel de Barros teve 28 obras publicadas no Brasil, sendo a primeira delas em 1937 e a última em 2013, quando já tinha 97 anos. No exterior, foram três obras publicadas, em Portugal, França e Espanha.

Como forma de reconhecimento por seu trabalho e talento, Manoel recebeu 13 prêmios, entre eles o Prêmio Jabuti de Literatura por duas vezes, em 1989 e 2002. Em 2000, foi premiado pela Academia Brasileira de Letras.

Obras publicadas no Brasil:

1937 — Poemas concebidos sem pecado

1942 — Face imóvel

1956 — Poesias

1960 — Compêndio para uso dos pássaros

1966 — Gramática expositiva do chão

1974 — Matéria de poesia

1982 — Arranjos para assobio

1985 — Livro de pré-coisas (Ilustração da capa: Martha Barros)

1989 — O guardador das águas

1990 — Poesia quase toda

1991 — Concerto a céu aberto para solos de aves

1993 — O livro das ignorãças

1996 — Livro sobre nada (Ilustrações de Wega Nery)

1998 — Retrato do artista quando coisa (Ilustrações de Millôr Fernandes)

1999 — Exercícios de ser criança

2000 — Ensaios fotográficos

2001 — O fazedor de amanhecer (infantil)

2001 — Poeminhas pescados numa fala de João

2001 — Tratado geral das grandezas do ínfimo (Ilustrações de Martha Barros)

2003 — Memórias inventadas (A infância) (Ilustrações de Martha Barros)

2003 — Cantigas para um passarinho à toa

2004 — Poemas rupestres (Ilustrações de Martha Barros)

2005 — Memórias inventadas II (A segunda infância) (Ilustrações de Martha Barros)

2007 — Memórias inventadas III (A terceira infância) (Ilustrações de Martha Barros)

Prêmios recebidos:

1960 — Prêmio Orlando Dantas - Diário de Notícias, com o livro "Compêndio para uso dos pássaros"

1966 — Prêmio Nacional de poesias, com o livro "Gramática expositiva do chão"

1969 - Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal, com o livro "Gramática expositiva do chão"

1989 — Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Poesia, como o livro "O guardador de águas"

1990 — Prêmio Jacaré de Prata da Secretaria de Cultura de Mato Grosso do Sul como melhor escritor do ano

1996 — Prêmio Alfonso Guimarães da Biblioteca Nacional, com o livro "Livro das ignorãças"

1997 — Prêmio Nestlé de Poesia, com o livro "Livro sobre nada"

1998 — Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura, pelo conjunto da obra

2000 — Prêmio Odilo Costa Filho - Fundação do Livro Infanto Juvenil, com o livro "Exercício de ser criança"

2000 — Prêmio Academia Brasileira de Letras, com o livro "Exercício de ser criança"

2002 — Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria livro de ficção, com "O fazedor de amanhecer"

2005 — Prêmio APCA 2004 de melhor poesia, com o livro "Poemas rupestres"

2006 — Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira, com o livro "Poemas rupestres"

 

Fonte: Dourados Agora

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