Brasil é o país que mais perdeu milionários em 2014

18/06/2015 21:56 Economia
O Brasil caiu três posições no ranking e ocupa agora o 16° lugar, atrás de países como Arábia Saudita, Espanha, Coreia do Sul e Índia.. VEJA.com/Think
O Brasil caiu três posições no ranking e ocupa agora o 16° lugar, atrás de países como Arábia Saudita, Espanha, Coreia do Sul e Índia.. VEJA.com/Think

O Brasil teve a maior queda porcentual na população de milionários no ano passado, de acordo com estudo da consultoria Capgemini em parceria com a RBC Wealth Management. Em 2013, o país tinha cerca de 172 mil milionários. Já no ano passado, o volume ficou em 161 mil. A queda, de 6%, foi a primeira variação negativa desde 2009, e a conclusão mais recente é oposta à trajetória que o país vinha seguindo. Em 2011, por exemplo, o Brasil havia sido o país com o maior aumento porcentual de milionários.

Os Estados Unidos ficaram com o topo do pódio, com uma alta de 9%, alcançando 4,35 milhões de pessoas de alta renda, seguidos por Japão, com 2,45 milhões de milionários, Alemanha (1,14 milhões) e China (890 milhões). O levantamento lista as 25 nações com o maior número de pessoas com patrimônio de ao menos 1 milhão de dólares.

Em relação ao último levantamento, o Brasil caiu três posições e ocupa agora o 16° lugar, atrás de países como Arábia Saudita, Espanha, Coreia do Sul e Índia. Os números do país contribuíam para o mau desempenho de toda a América Latina, única região que apontou declínio tanto no tamanho da população milionária, queda de 2,1%, quanto no volume de riqueza, que ficou em 7,7 trilhões de dólares, com redução de 0,5%. No Brasil, o total da riqueza também caiu 1,4%, para 3,97 trilhões de dólares.

A principal razão para o mau desempenho brasileiro citada pelo estudo foi o choque nos preços das commodities. "O Brasil, que abrange mais de 50% da riqueza da região, influenciou os resultados da região e do mundo. Uma queda nos preços das commodities, a lentidão das reformas pelo governo reeleito e um escândalo de corrupção na estatal de petróleo contribuíram para a queda", aponta o relatório.

 

Fonte: Revista Veja

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