Economistas cravam alta da Selic de 0,5 p.p. esta semana e elevam inflação em 2015

19/01/2015 09:26 Economia

SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras cravaram as apostas de que o ritmo de aperto monetário será mantido nesta semana e a Selic será elevada em 0,50 ponto percentual, em um ambiente de inflação ainda mais alta e crescimento mais fraco.

A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a expectativa é de que a taxa básica de juros, atualmente em 11,75 por cento após intensificação do ritmo de aperto no final do ano passado, será elevada a 12,25 por cento ao final da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira.

Os economistas consultados também deixaram inalterada a perspectiva de que a Selic encerrará este ano a 12,50 por cento e 2016 a 11,50 por cento.

Entretanto, o Top-5 de médio prazo, com os economistas que mais acertam as projeções, voltou a elevar a projeção para a Selic em 2015, a 13 por cento, bem como para 2016, a 12 por cento. Em ambos os casos as projeções subiram em 0,25 ponto percentual em relação à pesquisa anterior.

Sobre a inflação, a perspectiva de alta do IPCA em 2015 subiu pela terceira semana seguida no Focus, em 0,07 ponto percentual, a 6,67 por cento, e com isso continua acima da meta do governo de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Para 2016 a projeção permaneceu em 5,70 por cento.

Os primeiros números sobre a inflação oficial do país neste ano serão conhecidos na sexta-feira, quando o IBGE divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de janeiro.

A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto em 2015 também caiu pela terceira vez seguida, a 0,38 por cento, 0,02 ponto percentual a menos do que na semana anterior. A indústria continua sendo um peso sobre a atividade em geral, com a projeção de expansão neste ano recuando a 0,71 por cento, contra 1,02 por cento anteriormente.

A expectativa é de que a economia melhore em 2016, com crescimento de 1,80 por cento, sem alteração.

(Por Camila Moreira)

Fonte: R7

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