Inflação acelera em abril para 0,22% com remédio e plano de saúde mais caros

Mercado esperava alta de 0,28% em abril, aponta pesquisa da agência Reuters
10/05/2018 09:45 Economia
Farmácia na zona norte de São Paulo - Léo Pinheiro/Folhapress
Farmácia na zona norte de São Paulo - Léo Pinheiro/Folhapress

A inflação oficial brasileira acelerou e fechou abril em 0,22%, acima dos 0,09% do mês anterior, informou nesta quinta (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Ainda assim, o IPCA permanece nos patamares mais baixos desde o início do Plano Real, considerando o índice acumulado no ano ou em 12 meses.

Pesquisa da agência Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,28% em abril, acumulando em 12 meses alta de 2,82%.

O aumento de abril foi puxado pela alta nos preços dos remédios, planos de saúde e vestuário e por reajustes no preço da energia. 

No acumulado do ano, a inflação soma 0,92%, o menor desde o início do Plano Real. 

O grupo saúde teve alta de 0,91% e contribuiu com metade da inflação no mês. Segundo o IBGE, a alta dos medicamentos, de 1,52%, refletem o reajuste anual vigente desde 31 de março. Os remédios contribuíram com 0,05 ponto percentual no IPCA.

No grupo vestuário, que teve alta de 0,62% e contribuiu com 0,04 ponto percentual, houve alta principalmente em roupas femininas.

Já a energia elétrica subiu 0,99%, impulsionada por reajustes no Rio de Janeiro e Porto Alegre. 

Os alimentos apresentaram alta de 0,09%, puxados por aqueles itens consumidos em domicílio. Os maiores aumentos foram verificados na cebola (19,55%), hortaliças (6,46%) e leite longa vida (4,94%), refletindo o fim do período chuvoso.

Em 12 meses, a inflação acumulada é de 2,76%, também o menor patamar desde o início do Plano Real. A meta estabelecida pelo governo, que é de 4,5% no ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em 2017, a inflação foi de 2,97% e ficou abaixo do piso da meta pela primeira vez na história, o que gerou a necessidade de justificativa pelo Banco Central. Em carta ao Ministério da Fazenda, o BC disse que a meta não foi cumprida por causa da queda dos preços dos alimentos.

O último relatório Focus, do Banco Central, mostra que o mercado espera que o IPCA feche o ano em 3,49%. Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o BC projeta 3,8%.

Fonte: Nicola Pamplona / Folha de S.Paulo

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