Mercado econômico vive dia de sobe e desce com crise política

09/05/2016 19:35 Economia

O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (9), mas longe das máximas do dia, acompanhando o exterior em meio a receios com a desaceleração da economia chinesa e reagindo a surpresas no processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Mais uma vez, o Banco Central não anunciou intervenção no câmbio.

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A  moeda norte-americana avançou 0,63% em relação ao real, cotada a R$ 3,5249 na venda. Na máxima da sessão, chegou a R$ 3,6767, em alta de quase 5%, segundo a Reuters.

Já a Bovespa fechou em queda de 1,41%, aos 50.990 pontos.

Pela manhã, o dólar chegou a passar de R$ 3,60, após a notícia de que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, anulou a votação de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que deixou os investidores confusos sobre como será daqui para frente no campo político. Ao longo do dia, entretanto, o movimento de alta perdeu força.

Minutos antes do fechamento do pregão, o presidente do Senado, Renan Calheiros, decidiu manter o andamento do processo de impeachment, rejeitando o recurso do  presidente em exercício da Câmara e mantendo a tramitação do processo na Casa.

Cotações ao longo do dia
Às 9h10, alta de 0,12%, a R$ 3,5074
Às 10h40, alta de 0,35%, a R4 3,5151
Às 11h30, alta de 0,47%, a R$ 3,5196
Às 12h, alta de 1,77%, a R$ 3,565
Às 12h10, alta de 3%, a R$ 3,6082
Às 12h20, alta de 3,08%, a R$ 3,6107
Às 12h30, alta de 2,06%, a R$ 3,575
Às 13h09, alta de 1,47%, a R$ 3,5545.
Às 13h29, alta de 1,36%, a R$ 3,5507.
Às 14h12, alta de 1,47%, a R$ 3,5545.
Às 15h, alta de 1,55%, a R$ 3,5574.
Às 15h44, alta de 0,72%, a R$ 3,5284.

No exterior, o dólar já avançava em relação a moedas de outros países emergentes desde cedo após dados da China mostrarem que aexportações e importações caíram mais do que o esperado em abril, esfriando expectativas de recuperação da economia chinesa, de acordo com informações da Reuters.
"Dados fracos da China ainda têm a capacidade de mexer com os mercados, especialmente na ausência de outros fatores relevantes", disseram os analistas do banco Brown Brothers Harriman (BBH), em nota a clientes, segundo a Reuters.

Cenário político
"Hoje tivemos um ensaio do que poderia acontecer se o impeachment não passar", disse à Reuters o superintendente de câmbio da corretora Correparti, Ricardo Gomes da Silva.

Está marcada para esta quarta-feira a votação pelo Senado do afastamento temporário de Dilma e, caso seja aprovado, ela seria afastada do cargo por até 180 dias e o vice Michel Temer assumiria a Presidência interinamente. Temer já indicou o ex-presidente do BC Henrique Meirelles como seu ministro da Fazenda, o que tem agradado o mercado.

Atuação do Banco Central
Mais uma vez, o Banco Central não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, apesar de a moeda norte-americana ter voltado ao patamar de R$ 3,50, considerado por muitos operadores como o piso que o BC tentaria defender. O BC atuou no início da semana passada, mas está ausente do mercado desde quarta-feira.

No mês, o dólar acumula alta de 2,46%. No ano, entretanto, a divisa tem desvalorização de 10,72%.

 

Fonte: G1

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