Seca de janeiro já traz perdas de até 40% da soja

20/01/2015 11:01 Economia
Algumas regiões já apresentam prejuízos com a safra de soja.. Foto: Adriano Moretto
Algumas regiões já apresentam prejuízos com a safra de soja.. Foto: Adriano Moretto

A falta de chuva de janeiro já faz com que produtores da região de Dourados contabilizem perdas de 40% na safra de soja 2014/2015. Algumas regiões da cidade não receberam a quantidade de chuvas significativas para o período de formação do grão. O motivo da seca, segundo a Embrapa, seria o sistema de alta pressão instalado no Estado dificultando a formação de nuvens e fazendo com que acontecessem chuvas em regiões isoladas do município.

Segundo o produtor rural José Boniatti, alguns produtores já contabilizam prejuízos na produção, pois a seca afetou a fase de formação e enchimento do grão.

“Os produtores estão preocupados, muitos já contabilizam perdas de 40%, com a seca o enchimento do grão foi afetado e a planta não teve água o suficiente para se formar, com isso veio o prejuízo”, explica Boniatti.

Um dos estágios mais importantes é a formação do grão e para isso a planta necessita de água para então absorver os nutrientes do solo e formar a vagem. De acordo com o pesquisador na área de agrometeorologia da Embrapa Agropecuária do Oeste, Carlos Ricardo Fietz, várias áreas na região já contabilizam esses danos.

“Não é geral, mas muitas áreas já contabilizam perdas, este mês está sendo um dos mais secos, as chuvas vieram distribuídas em áreas isoladas e isso acarretou na formação dessa perda” explica o pesquisador.

Boniatti conta ainda que se a chuva não vier nos próximos dias os prejuízos podem ser ainda maiores. “Alguns produtores já começaram a colher e com isso já sentem os prejuízos, tem previsões de chuvas para esta semana. É a nossa esperança”, desabafou o produtor.

Na segunda-feira (19), o Dourados News mostrou que janeiro de 2015 pode ser o mais seco em pelo menos 35 anos – período do início de acompanhamento estatístico. Em 19 dias do mês, choveu apenas 14,4 milímetros, menos de 10% da média histórica do município, que é de 160,8 milímetros.

 

Fonte: Joandra Alves/Dourados News

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