Administrativos da educação decidem entrar em greve a partir de terça-feira
Administrativos da Educação havia cobrado melhorias na carreira durante audiência pública na Assembleia Legislativa (Foto: Paulo Francis)
Servidores administrativos ligados a Fetems (Federação dos Profissionais da Educação de Mato Grosso do Sul) decidiram, nesta sexta-feira (6), que a categoria entra em greve a partir do dia 10 abril. Eles pressionam o governo estadual por revisão na tabela de remuneração.
Para o presidente do sindicato, Jaime Teixeira, mesmo com o reajuste de 3,04% concedido a base da carreira permanecerá recebendo valor abaixo do salário mínimo de R$ 954. "Já foi a paciência e os administrativos entendem que não dá para esperar mais um ano", ressaltou.
O impacto da ausência dos profissionais pode deixar escolas com os serviços de secretaria, merenda e limpeza paralisados total ou parcialmente. São cerca de oito mil administrativos atuando em 389 escolas estaduais. A média salarial da categoria seria de R$ 1,3 mil.
Na terça-feira (3), audiência pública na Assembleia Legislativa debateu o futuro da carreira. O secretário-adjunto de Administração e Desburocratização, Édio Viegas, disse ser inviável incorporar abono salarial de R$ 200 este ano, como requeriam os servidores, por conta da legislação eleitoral limitar a concessão de reajuste salarial seis meses antes do pleito e do Estado ter ultrapassado limite prudencial estabelecido em lei para gastos com pessoal.
Diante das negativas do governo, os sindicalistas alegam que reestruturar a carreira seria possível até junho deste ano. Quanto ao abono, tiveram previsto em lei indicativo de que o mesmo será incorporado aos salários em maio de 2019. A greve, neste caso, tem prevista duração inicial de 20 dias, podendo ser suspensa ou prorrogada mediante as negociações.
Fonte: Kleber Clajus / Campo Grandes News
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