Educação sexual na escola interessa a todos os ministérios, diz Mandetta
Mandetta diz que educação sexual é tema que passa por vários ministérios (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu hoje, em evento em Brasília, a educação sexual nas escolas. O assunto foi debatido durante cerimônia de assinatura de parcerias entre ministérios para prevenção da gravidez na adolescência.
Mandetta disse que defender a educação sexual nas escolas não é tema contraditório com o governo de Jair Bolsonaro. O presidente disse, em diversas ocasiões, que “quem tem de ensinar sobre sexo é mamãe e papai”.
“A gente pode discutir a forma, mas não o conteúdo, ele é transversal, passa por vários ministérios”, avaliou Mandetta.
Segundo o ministro, o debate é necessário nas escolas em consequência dos desdobramentos para a menina e para o sistema público de saúde: evasão escolar alta, aumento da mortalidade infantil, dos atendimentos de pré-natal, parto dificultado pelas condições precoces da mãe.
Conforme o Ministério da Saúde, a taxa de gravidez na adolescência no Brasil é de cerca de 56 adolescentes a cada grupo de 1 mil. Número maior que a taxa internacional, que é de cerca de 49 a cada 1 mil. Segundo a pasta, embora esse número esteja alto, houve, entre 2010 e 2017, redução de 13% de bebês de mães adolescentes. Meninas negras representam a maior proporção entre essas mães: 19,7% pardas e 15,3% pretas, seguindo a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Convênio – Hoje, os Ministérios da Saúde, da Mulher, Família e Direitos Humanos, da Educação e da Cidadania assinaram parceria para traçar ações conjuntas até 2022 para reduzir a gravidez precoce.
Dentre os objetivos estão promover apoio profissional qualificado em prevenção à gravidez na adolescência, ampliar e qualificar o acesso da população adolescente aos serviços de atenção básica, fomentar ações educativas voltadas para adolescentes, famílias, sociedade civil e toda a comunidade. (Com informações da Agência Brasil)
Fonte: Silvia Frias / Campo Grandes News
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