Erros em questões da UFGD provocam revolta de alunos e professores

Problemas são constantes, ao longo dos anos, e em 2019 já provocaram até protesto
03/12/2019 21:44 Educação
Foto: Reprodução
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Os erros em questões do vestibular da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) estão sendo alvos de queixas tanto dos estudantes quanto de professores. Um grupo, inclusive, estuda fazer reclamação formal, por considerar que o “descuido” na elaboração das provas, que este ano já motivou até protesto de vestibulando, coloca em xeque o processo de distribuição das vagas, além de abalar o emocional de quem presta o concurso.

As provas foram feitas no dia 24 de novembro, por 7,9 mil estudantes. Publicado na segunda-feira, 26, o gabarito preliminar foi o motivo das avaliações negativas e de manifestação de estudantes, no dia 29. Uma das afirmações de grupo que foi para a porta da universidade é que houve “relaxo” e isso não seria novidade.

“Praticamente quase todos os anos alunos e professores ficam apreensivos com as provas e gabaritos preliminares da UFGD”, cita o professor de Biologia e coordenador do Colégio Refferencial, de Campo Grande, Edilson. “Isso mexe com o emocional dos alunos, que ficam desacreditados com a prova. Tem sido motivo de chacota para alunos de outros Estados”, comenta.

Na área de formação de Edilson, ele relaciona erros considerados primários. “A primeira questão da prova já vem com um erro na fórmula da equação da fotossíntese, o que poderia induzir o aluno a marcar alternativa errada”, diz.

“A segunda questão, que aparentava ser simples, sobre ecologia, saiu com gabarito preliminar divergente! O gabarito da questão 3 foi cópia fiel de um texto do livro de Biologia da editora AJS, porém, com uma afirmação incompleta!”, completa.

Para ele, a UFGD “precisa entender que os vestibulandos, familiares e professores estão todos empenhados em um objetivo comum: ter acesso à universidade pública”. O pedido, diz é que os gestores da UFGD, que tenham maior coerência e atenção na elaboração das provas.

De acordo com o coordenador, grupo de nove professores está se organizando para entrar com reclamação formal contra os constantes erros. A reportagem conversou com dois deles, que disseram estar aguardando apenas a publicação do gabarito final, para saber como vai ser feita a correção de erros, para decidir o que fazer.

Depois do protesto do dia 29, a UFGD publicou esclarecimento informando que professores da própria instituição são chamados para formar comissão que elabora as provas.

De acordo com a direção da instituição de ensino, a comissão é formada por “profissionais altamente qualificados e capacitados para desenvolver suas atribuições”. Ainda segundo informado, “cabe a estes profissionais responderem por falhas havidas na formulação das questões, uma vez que são responsáveis pelo desenvolvimento deste trabalho”.

A UFGD diz, ainda, como os recursos estão em análise, não há como saber se o número de questões com erro “é elevado no sentido de ensejar responsabilização dos envolvidos no processo de elaboração”.

 

Fonte: Marta Ferreira / Campo Grandes News

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