Escolas públicas de Mato Grosso do Sul não terão aulas nesta sexta-feira em protesto

29/08/2013 21:27 Educação

A educação pública de Mato Grosso do Sul aderiu à paralisação nacional e não haverá aulas nesta sexta-feira (30). O movimento está sendo organizada por entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).

De acordo com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Magno Botareli Cesar, a educação pública de Mato Grosso do Sul vai parar e somar na luta pelos direitos dos trabalhadores brasileiros.

“Os representantes dos trabalhadores em educação de MS aceitaram aderir à luta da CUT e da CNTE no dia 30 e vão repassar nos municípios essa decisão para que paralisemos a grande maioria das escolas públicas de MS, vamos lutar pelos direitos de todos os trabalhadores deste país, pois sabemos a importância de somarmos em questões nacionais que sem dúvida nos atingem no dia a dia”, disse.

Roberto Botareli informou que as pautas da paralisação do dia 30 são pelo fim do Fator Previdenciário, reajuste digno para os aposentados; jornada de 40 horas semanais sem redução salarial; transporte público de qualidade; fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização; Reforma Agrária; fim dos leilões do petróleo; mais recursos para a educação e saúde; Piso Salarial Nacional e Carreira para a educação; aprovação do Plano Nacional de Educação e Profissionalização dos funcionários da educação.

Botarelli ressaltou ainda que entre as atividades que a entidade irá realizar está uma grande panfletagem em todo o Estado. “Além de paralisarmos as escolas públicas estamos encaminhando com os nossos 72 sindicatos filiados que eles realizem grandes panfletagens no centro de suas cidades, no intuito de alertar a sociedade das nossas bandeiras de luta”, explica.

Mais de 300 trabalhadores em educação de todo o Mato Grosso do Sul se reuniram na última quarta-feira (21), na sede da Fetems, em Assembleia Geral onde ficou decidida a adesão. A paralisação nacional está sendo organizada por entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

PL 4330

Durante a Assembleia o presidente da FETEMS informou que além de todas as outras pautas, o maior foco da mobilização será pelo fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização.

Ele explicou que os movimentos sociais e sindicais são contra este Projeto de Lei, que dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes, considerando que ele é ilegal, desumano e desnecessário.

“O PL 4.330/2004, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO) e relatoria do também deputado Arthur Maia (PMDB-BA), representa um imenso retrocesso ao permitir a terceirização na atividade-fim da empresa - a principal - possibilitando, assim, que funcione sem qualquer funcionário contratado diretamente”, ressalta.

Roberto Botareli ressaltou ainda que este projeto praticamente extingue a responsabilidade solidária, aquela em que a tomadora de serviços fica responsável por quitar obrigações trabalhistas não cumpridas pela terceirizada.

“Com a fragmentação do quadro de trabalhadores, o texto joga a favor da fragilidade da representação sindical, tudo o que muitos empresários anseiam, pois trabalhador que não tem representatividade fica com os seus direitos ameaçados e a mercê da desvalorização profissional”, afirma.

 

Diana Gaúna, com assessoria

Fonte: midiamax

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