segunda-feira, dia 11 de fevereiro, a Fazenda Experimental da Universidade Federal da Grande Dourados esteve com as porteiras abertas para produtores, estudantes e profissionais do setor do agronegócio, para um Dia de Campo focando a produção de soja na região.

A Fundação MS realizou experimento plantando 45 cultivares de soja. Os resultados foram apresentados aos visitantes do Dia de Campo, que puderam avaliar as variedades mais adequadas ao cultivo em Mato Grosso do Sul. A partir de experimentos como este, é possível identificar as variedades com mais resistência a pragas e doenças, e as que melhor se adaptam ao tipo de solo da região. Também facilita para o produtor no momento de escolher a semente certa para a época de plantio e sua expectativa de colheita.

Um experimento realizado por professores e estudantes de Agronomia da UFGD apresentou resultados do cultivo da soja inox, uma variedade que apresenta maior resistência à ferrugem asiática, principal doença que vem afetando as lavouras nos últimos anos.

O professor Walber Gavassoni explicou que, das mais de 100 doenças que podem atingir as lavouras de soja, apenas 35 podem ter algum impacto na produtividade. Em Mato Grosso do Sul, a principal doença que ameaça as lavouras é a ferrugem asiática que teve, relativamente, baixa incidência nesta safra, devido ao clima seco. “O desenvolvimento de uma doença em qualquer planta depende de três fatores: a planta tem que ser suscetível à doença, o agente fitopatológico deve estar presente na região, e o clima deve ser propício ao desenvolvimento e reprodução desse agente. Nesta safra, o clima ajudou para que a ferrugem não se dissipasse, somado ao controle químico que os produtores já vem fazendo”, explicou o docente da Universidade Federal da Grande Dourados.

Quanto às variedades resistentes à ferrugem, o docente buscou enfatizar que, mesmo que a planta apresente menos suscetibilidade à doença, é necessário fazer uma aplicação de fungicida. Em uma área de testes, cultivada e monitorada por alunos do curso de Agronomia, os visitantes puderam conferir a diferença entre as variedades de soja resistentes e as mais vulneráveis à ferrugem asiática.

Os visitantes que passaram pelo Dia de Campo também assistiram a uma palestra realizada por professoras do curso de Engenharia de Alimentos, que abordaram a funcionalidade da soja na alimentação humana. Quem passou por esta estação não só conheceu novas receitas para uso da soja, como também pôde experimentar um petisco de soja torrada.

O Dia de Campo é uma realização da Fundação MS, que tem convênio com a Fazenda Experimental da UFGD. O evento contou com todo apoio da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA/UFGD) e também de docentes da Faculdade de Engenharia (FAEN/UFGD).

Fonte: Assessoria