Na véspera de paralisação, Reinaldo diz que ato de professores é político
O governador Reinado Azambuja durante agenda em Rio Verde no mês de setembro (Foto: Henrique Kawaminami)
Professores de todo o Brasil, de diversos níveis, prometem estar nas ruas na quarta-feira (2) e quinta-feira (3) em protesto sobre o panorama da Educação no País. Em Mato Grosso do Sul, uma das entidades que mobilizam o ato é a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul). Para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o ato é político e prejudica os alunos.
Azambuja citou o cenário favorável à categoria no Estado, pelo salário e dia-a-dia dos vencimentos. “É até estranho. Mato Grosso do Sul, se você olhar, nós já pagamos um salário acima do piso nacional, então é de longe o maior salário de professor do Brasil. A maioria dos estados brasileiros não está conseguindo pagar nem o piso do professor. Mato Grosso do Sul paga 80% acima do piso”, comentou o governador.
Há diversas pautas citadas pelas organizações da educação, em especial os cortes na educação superior no governo Bolsonaro, o projeto conservador Escola sem Partido e a chamada “militarização” das escolas. Sobre a última, o governador afirmou que “não existe em Mato Grosso do Sul” e declarou que as paralisações vão prejudicar os alunos.
“Isso é pra prejudicar o aluno. Eu entendo que é extremamente de cunho político, vem discutir militarização em escolas que não existe no Mato Grosso do Sul. Então é uma pauta política, extremamente equivocada pro momento”, pontuou.
O governador disse que Mato Grosso do Sul conseguiu pactuar, ainda que em momento difícil para as contas públicas, melhorias na educação. “Acho que nós deveríamos, no momento, ter ciência de que tudo que foi pactuado, concurso público, concurso de administrativo, mesmo os momentos de estar no limite de gasto com pessoal, foi feito a estruturação de escolas, reformas e melhorias, formação continuada, uma enormidade de avanços”, pontuou.
“Se você olhar a folha de pagamentos dos professores de Mato Grosso do Sul, o que era em 2014 e o que está hoje, você vai ver um crescimento exponencial no vencimento. Acho que esses dirigentes deveriam ter a responsabilidade de entender que tem o melhor salário do Brasil, que recebe em dia, diferente da maioria dos estados brasileiros e o grande prejudicado não é o governo, é o aluno, o cidadão, o pai, a família, que muitas vezes vê as aulas paralisadas por algo estritamente político, não tem nada que levaria a uma paralisação como essa. Agora, ao Estado cabe tomar as medidas que tem que ser tomadas e que serão tomadas para restabelecer o rito normal nas escolas estaduais”, complementou.
Fonte: Izabela Sanchez e Tainá Jara / Campo Grandes News
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