Paralisação entra no 8º dia com nova denúncia do Simted ao MPE
Servidores da educação permanecem em greve e dizem aguardar audiência e ações concretas do prefeito Murilo Zauith (Foto: Ademir Almeida).
A greve dos servidores da educação em Dourados continua e sem estimativa de término. Iniciado oficialmente no dia 15 deste mês, o movimento entra no seu oitavo dia. Hoje pela manhã, os trabalhadores fazem assembleia geral para seguir com as discussões relativas às pautas reivindicadas junto à administração municipal.
Ontem, o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) formalizou no MPE (Ministério Público Estadual), junto à Promotoria de Infância e Juventude de Dourados, uma denúncia de possível comportamento “irresponsável” por parte da Semed (Secretaria Municipal de Educação de Dourados) ao convocar os pais a enviarem seus filhos às escolas da rede municipal mesmo com a grande maioria dos servidores em greve, o que acarretaria em risco às crianças de chegar às unidades e não ter responsáveis no local.
A secretária municipal de educação, Marinisa Mizoguchi, negou a acusação, e garantiu que a secretaria jamais colocaria em risco a segurança dos alunos. Além disso, Marinisa disse que apesar da movimentação do sindicato, existem profissionais em todas as escolas e Ceims (Centros de Educação Infantil Municipal), que estão funcionando ainda que com capacidade parcial.
Esta foi a segunda denúncia do Simted junto ao MPE, já que a primeira feita na semana passada, foi referente a possível ameaças de demissão por parte da Semed aos grevistas e também contratação ilegal de temporários.
Ainda sem acordo
Na segunda-feira, dois projetos de lei apresentados pela Semed (Secretaria Municipal de Educação de Dourados), sendo um referente ao reajuste salarial e outro referente à implantação do piso de 20 horas, foram aprovados na Câmara Municipal.
Sobre isso, o presidente do Simted, João Vanderley Azevedo, disse que a intenção dos servidores não é derrubar o que foi aprovado e sim garantir que os benefícios sejam amplos e não restritos, como é o entendimento do sindicato com base no artigo 4º do que foi apresentado.
“Não foi algo aprovado da forma como gostaríamos, mas a nossa intenção não é derrubar nada e sim defender as pautas de forma que elas sejam discutidas e que seja possível chegar a um acordo com a administração que favoreça ambas as partes. Ainda precisamos debater a real implantação do piso de 20 horas, a inserção dos administrativos no PCCR [Plano de Cargos, Carreira e Remuneração] e as chamadas subpautas que nascem junto do movimento de greve”, explicou Azevedo.
Por fim, o representante sindical disse ao Dourados News que o Simted recebeu ontem à noite um ofício da Semed, assinado pela secretária Marinisa, que garante que não haverá corte de ponto, demissões ou contratação de temporários. “É algo que diminui a pressão entre nós, mas efetivamente não muda nada”, destacou Azevedo.
Fonte: Dourados News
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