Pesquisadora pop de MG tem tese com mais de 35 mil acessos
Tese é utilizada para trabalhos acadêmicos desenvolvidos em Uberaba. (Foto: Luís Adolfo-UFTM/ Divulgação)
Sete anos após fim do doutorado, a pesquisa da ginecologista e professora universitária Ana Cristina Barcelos teve um resultado inesperado: virou a tese mais acessada no portal Domínio Público, do Ministério da Educação (MEC).
Com mais de 35 mil acessos, quando boa parte tem pouco mais de 300, o artigo científico discorre sobre alterações do exame de Papanicolau, voltado para a prevenção do câncer do colo de útero.
Nascida em São Paulo e moradora de Uberaba há mais de 30 anos, Ana Cristina concilia a rotina de aulas na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e Universidade de Uberaba (Uniube) com atendimento em consultório. A iniciação na vida acadêmica ocorreu na cidade mineira, onde Ana ainda estuda. Ela recorda que a defesa de doutorado ocorreu em 2008 e, assim como todos os demais trabalhos desenvolvidos na UFTM, a tese foi disponibilizada na internet pela própria instituição e ensino.
A pesquisadora considera que a repercussão do artigo científico se deve ao título escolhido para o trabalho (Células escamosas atípicas de significado indeterminado: Utilização da classificação de Bethesda 2001, conduta e associação com infecção por papilomavírus humano) e, também, à popularização de buscas por respostas médicas na internet. “Acredito que as pacientes pegam resultado dos exames e, no anseio por respostas para as alterações encontradas, digitam em sites de busca da mesma forma que está descrita nos exames. O título do meu trabalho é o nome do resultado de exame, e acho que isso leva as pacientes até a minha tese”, afirmou.
A popularização da tese de doutorado já chegou através de elogios de amigos e conhecidos, segundo a pesquisadora. Entretanto, ela prefere chamar atenção para a importância das pacientes procurarem médicos para a análise do resultado do exame.
“As pessoas que conhecem meu trabalho me procuraram e gostaram, pois é um reconhecimento da minha dedicação. Eu considero o reconhecimento do meu trabalho e isso me faz melhorar sempre. Porém, eu acho que as pacientes devem procurar os médicos para esclarecimento, a tese tem linguagem técnica e é voltada para a população científica”, destacou.
Questionada sobre o futuro frente às pesquisas médicas, Ana Cristina afirma que além da popularidade, a tese se tornou pilar para novas pesquisas desenvolvidas no âmbito acadêmico de Uberaba. “Meu trabalho continua independentemente da repercussão toda acima da tese. Não tem muito que eu fazer a mais nesse sentido, pois o trabalho está tendo continuidade dentro de outras pesquisas feitas na UFTM”, concluiu.
Fonte: G1
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