Professores da rede municipal de Curitiba entram em greve
Professores fazem manifestação em frente à Câmara Municipal de Curitiba.. Gel Lima/Frame/Estadão Conteúdo
Professores da rede municipal de Curitiba entraram em greve nesta segunda-feira (11). A paralisação foi determinada pelo Sismmac (Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba) em assembleia realizada no dia 31 de julho. De acordo com o sindicato, 70% das 184 escolas da cidade ficaram paradas e mais de 35 mil alunos ficaram sem aula. A prefeitura da capital, porém, afirma que cerca de 50% dos professores aderiram à greve.
Com faixas e apitos, os professores realizam um ato em frente à Câmara Municipal de Curitiba e exigem a antecipação do prazo de implantação do novo Plano de Carreira. Crescimento linear por titulação e valorização e aumento salarial são algumas das exigências feitas pelos professores.
Administradores municipais deverão atender os manifestantes no início desta tarde. Em março deste ano, 71% das escolas aderiram a outra greve. Na semana passada, o prefeito Gustavo Fruet afirmou a representantes do Sismmac que as medidas requeridas pelos professores serão implantadas dentro de 24 meses.
Em nota divulgada nessa sexta-feira (08), a Secretaria Municipal da Educação orientou os responsáveis pelos alunos da rede a levarem seus filhos até as escolas mesmo em face da confirmação da greve por parte do Sismmac.
"A secretaria reafirma também a disposição permanente para o diálogo com os professores em torno do plano de carreira, que aguarda votação na Câmara Municipal e trará avanços históricos para a categoria", afirmou a prefeitura.
As distorções acumuladas ao longo de 20 anos, ainda conforme publicado pela Secretaria de Educação de Curitiba, serão corrigidas em dois anos, "garantindo novo horizonte para a carreira do professor, com salários dignos de reconhecimento da trajetória da rede municipal", finaliza a nota.
A greve continua
Uma comissão do Sismmac foi ouvida nesta tarde (11) pelas Secretaria da Educação, Secretaria de Recursos Humanos e Secretaria de Governo de Curitiba. Segundo o sindicato, a prefeitura foi "taxativa" ao não se mostrar disposta a antecipar a implementação do Plano de Carreira. "Gasta-se mais em publicidade do que na formação de profissionais da educação", diz Wagner Argenton, professor e um dos diretores do Sismmac.
Em frente ao posicionamento adotado pelos administradores municipais, o sindicato decidiu pela continuidade da paralisação: nesta terça-feira (12), os manifestantes irão promover uma passeata e organizar comandos de greve. Às 10h, os professores vão se reunir em frente à Câmara Municipal de Curitiba; ao meio dia, os vereadores da capital receberão membros do Sismmac para discutir a antecipação do Plano de Carreira.
"Conseguimos ao menos uma boa notícia - os vereadores irão nos ouvir e poderão aprovar, quem sabe, nossas propostas. Por isso sou a favor da continuidade da greve", disse um dos professores que preferiu não se identificar.
Segundo Ricardo Mac Donald, secretário de governo de Curitiba, "as portas da prefeitura estão abertas para receber a assessoria técnica do sindicato para que um exame sobre as ações do governo possa ser feito".
Fonte: UOL Notícias
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