Projetos são aprovados na Câmara, mas educadores continuam em greve

22/07/2014 10:15 Educação
Educadores em greve lotaram auditório da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira.. Foto por Ademir Almeida
Educadores em greve lotaram auditório da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira.. Foto por Ademir Almeida

A sessão Ordinária na Câmara de Vereadores de Dourados desta segunda-feira (21) votou e aprovou em regime urgência projetos encaminhados à Casa na semana passada pela secretária municipal de educação, Marinisa Mizoguchi.

A primeira proposta é a da Lei nº 832 do magistério, que refere-se à implantação do piso nacional de 20 horas, e a segunda é a da Lei nº 615, que refere-se ao reajuste de inflação dos 12 meses para os servidores administrativos.

De acordo com o presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), João Vanderley Azevedo, a votação teve um “significado trágico” para a categoria.

“Porque ela não faz parte das negociações; o reajuste não será votado da forma que nós gostaríamos, vai ser efetivado a partir de agosto, isso não faz com que a nossa pauta seja cumprida, pois a nossa pauta nunca foi só o reajuste, mas o piso para 20h, lei para valer a partir de 2016, 2017, 2018, 2019; e a inserção do grupo administrativo no plano de carreira”, disse Vanderley.

Ao fim da sessão, a vice-presidente do Simted, Gleice Jane Barbosa, disse que a categoria sai da Câmara com as mesmas dúvidas e inseguranças que entrou.

“Nós achamos que os vereadores estavam muito confusos quanto ao texto do projeto, eles também tiveram dúvida, mas confiaram no discurso do prefeito. Mesmo com o texto dizendo que os contratados não estão contemplados com o reajuste, eles confiaram na palavra do prefeito e votaram a favor”, falou Gleice.

Também foi reajustada a tabela nos pisos para todos os servidores municipais em 6,15%, o que possibilitou a reposição de inflação.

Greve

A greve dos educadores continua e na manhã desta terça-feira (22), os professores se reunirão novamente para mais discussões no sindicato.

“Nós continuamos, porque a nossa pauta principal nunca foi por esse reajuste, porque nós entendemos que ele de obrigação do governo. O que nós estamos lutando é por um plano de cargos e carreiras do administrativo que garanta a valorização e por uma política salarial do magistério também. O projeto não garantiu reajuste para os contratados e o reajuste de 8,32% é insuficiente. O que o prefeito conseguiu é que ele vai pagar o piso nacional para 40 horas, mas o que a gente quer é uma política de valorização”, explicou a vice-presidente do Simted.
 

Foto de Ademir Almeida

Sessão da câmara lotada com a presença dos educadores.
 

Na sessão

Durante as falas dos vereadores, alguns foram vaiados e outros aplaudidos pelo movimento grevista presente na sessão da Câmara.

Quando os projetos entraram em discussão, os educadores no auditório se manifestam contra a votação. Contudo, com apenas cinco votos contrários, os projetos foram votados em regime de urgência.

No decorrer da sessão os educadores pediram para que projeto fosse retirado de pauta, assim como alguns vereadores, para que fosse melhor estudado e esclarecido.

Com várias opiniões, a sessão é suspensa por alguns minutos para resolver impasse. Quando os vereadores voltam, discutem o artigo que diz respeito ao reajuste dos contratados.

No fim, os projetos são aprovados pelos vereadores e os educadores saem do auditório e dizendo que a greve continuará.

 

Fonte: Eduarda Rosa/Dourados News

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