Em assembleia realizada ontem à noite o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) aprovou a retomada da greve que havia sido suspensa no início de agosto. A paralisação geral de professores e servidores administrativos está marcada para o dia 4 de novembro.

De acordo com o presidente do Simted, João Vanderley Azevedo, a mobilização só será suspensa se o próprio prefeito Murilo Zauith (PSB) se prontificar a receber a categoria para uma audiência.

“O prazo para acordo foi vencido, o comprometimento do governo não foi honrado e se deliberou a retomada da greve. Mas, ainda buscaremos todas as vias possíveis para que a gente possa evitar isso. Ocorre que o prefeito não nos recebeu dentro desse período todo e existe um determinado momento de negociação que quem precisa tomar decisões é o prefeito. É constrangedor negociar e não poder avançar porque não conseguimos falar com ele. Esse prazo até o dia 4 de novembro é a possibilidade que apresentamos para que o prefeito possa atender nosso pedido de audiência”.

No dia 1º de agosto, após reunião promovida na Câmara Municipal com a presença de representantes do Simted e também da secretária municipal de educação, Marinisa Misoguchi, ficou estabelecida uma ata de compromisso que deu fim a greve que durou cerca de 20 dias.

“Depois disso, a secretária foi nos atender para falar sobre o piso no dia 9 de outubro. Não tem proposta formalizada até hoje sobre isso, teve proposta daquilo que já está negociado, o que não quer dizer nada para a gente. Queremos saber sobre o piso e como ele será implantado”.

Por fim, quando questionado sobre o que o sindicato pensa sobre o impacto de uma nova paralisação, já que a greve anterior já impôs um cenário onde toda a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e a Reme (Rede Municipal de Ensino) devem funcionar até o dia 30 de dezembro, o presidente do Simted se eximiu de responsabilidades.

“Essa é nossa preocupação e por isso estamos dando esse novo prazo, para que o prefeito se manifeste e não cause prejuízo à população. Temos clareza que população e os alunos acabam sendo os maiores prejudicados, mas quem está sendo intransigente não somos nós”, finalizou Azevedo.

Procurada pelo Dourados News, a assessoria de comunicação da Prefeitura ficou de dar um retorno sobre uma possível audiência entre o prefeito e representantes do sindicato. No entanto, até a publicação desta matéria, não houve retorno.

 

Fonte: Thalyta Andrade/Dourados News