UFGD mantém aulas, mas possibilidade de greve não é descartada

08/11/2016 15:25 Educação
Em 2015, técnicos e docentes entram em greve na mesma época, e na ocasião realizaram várias ações - Foto: Arquivo/Dourados News
Em 2015, técnicos e docentes entram em greve na mesma época, e na ocasião realizaram várias ações - Foto: Arquivo/Dourados News

Os docentes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), decidiram manter as aulas e participar da mobilização nacional que acontece no próximo dia 11, contra a PEC-55 (Proposta de Emenda Constitucional), antiga 241, que tramita no Senado e que congela os gastos públicos por 20 anos.

A decisão aconteceu durante assembleia realizada na tarde de segunda-feira (07), na sede da ADUF-Dourados entre a categoria que não descarta a greve ou novas mobilizações nos próximos dias.

"Foi definido participar da mobilização nacional que acontece no dia 11 de novembro e envolve vários sindicatos. A pauta é a PEC-55, que tramita no Senado, e vamos a votação acompanhar e depois em outras assembleias definir paralisação ou manifestações", disse o presidente da ADUF-Dourados, Fábio Perboni.

Ao Dourados News ele disse ainda, que no dia 11, as manifestações irão se concentrar na avenida Guaicurus e também em ato na praça Antônio João no centro de Dourados. No dia, as 14h também será realizado um momento de cultural na reitoria da universidade.

"Além das atividades em conjunto com os demais sindicatos, vamos fazer outras ações paralelas e individuais como uma as 14h na reitoria da universidade.No dia 16 ou 17 de novembro vamos realizar uma nova assembleia e assim definir sobre novas ações", comentou Perboni.

As aulas retornaram no dia 03 de novembro, depois de alguns dias de recesso. O calendário do ano letivo dos acadêmicos está ‘atrasado’, por conta da paralisação dos educadores que durou mais de 70 dias em 2015.

Técnicos em greve
Já a greve dos técnicos administrativos, entra na terceira semana. A categoria paralisou as atividades no dia 24 de outubro, desde então apenas 30% estão trabalhando e realizando os serviços essenciais.

Entre as reivindicações estão o que a PEC- 241 pode causar na educação, a regularização de qualificação e planos de carreiras dos servidores, assim como cursos de capacitação e a reestruturação de carreira e cargos, que foram definidos na greve anterior e que não foi cumprida entre outras, segundo o técnico administrativo e membro do comendo de greve, Cleiton Almeida, relembre aqui.

PEC-241 agora PEC-55
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, foi aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 25 de outubro, na segunda votação, com 359 deputados foram a favor, 116 contra e houve 2 abstenções. Foram 7 votos favoráveis a menos do que na primeira votação.

A ideia é que o crescimento dos gastos públicos seja totalmente controlado por lei. A proposta do governo é limitar esse crescimento apenas ao aumento da inflação. Alguns gastos até poderiam crescer mais do que a inflação, desde que houvesse cortes reais em outras áreas. Na prática, as despesas do governo não teriam crescimento real.

Esse teto de gastos ficaria em vigência pelos próximos 20 anos, a contar de 2017, mas o congelamento dos gastos público poderá ser revisado após 10 anos.

Tramitando como PEC-55 agora no Senado, ela pode ser votada ainda nesta semana, quando acontece várias manifestações em todo o país, como um marcado para o 11 de novembro com bloqueio de rodovias.

 

Fonte: Joandra Alves, do Dourados News

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