'Os Simpsons' batem recorde na TV americana em meio a polêmica racial
Não é fácil uma série ter a durabilidade como a de "Os Simpsons", que na noite deste domingo (29) chegará ao seu episódio 636 e assumirá o posto de série de TV mais longeva da história dos Estados Unidos.
A comemoração da marca histórica veio com uma paródia, uma das características mais marcantes da série. Na semana passada, a Fox divulgou uma abertura justamente imitando a do faroeste "Gunsmoke", que até hoje era a recordista. A pequena Maggie Simpson será a responsável por vencer um duelo de vida ou morte contra o delegado Matt Dillon, protagonista do programa que foi ao ar entre 1955 e 1975.
Ter conseguido se inserir como uma das pontas da cultura pop e tirar um sarro de situações e pessoas comuns ao cotidiano dos americanos, mas de forma palatável para crianças e adultos, são alguns dos motivos para que "Os Simpsons" tenham ido tão longe, com 29 temporadas e mais uma já garantida.
Apesar de esticar a corda rumo ao imponderável e à polêmica, foram poucas as vezes em que as piadas tiveram um tom mais ácido a ponto de, por exemplo, mudar a classificação indicativa —no geral recebe a classificação TV-PG, que significa livre mas com recomendação para os pais assistirem junto. Poucos foram elevados para acima de 14 anos. Enfim, um programa para toda a família, mesmo que ela se sinta atacada ao ser confrontada pelos seus próprios erros e preconceitos.
Houve um tempo, entre o final da década de 90 e início dos anos 2000, que não ser tão ofensivo foi visto como um limitador para que continuassem na crista da onda. Foi em meio a esta situação que apareceram aqueles que são vistos como os herdeiros dos "Simpsons", como "Family Guy", "American Dad!" (ambos seguindo a linha "pai bobo, mulher mais esperta e filhos socialmente desajustados") e "South Park".
Apesar de serem igualmente longevos ("South Park" está na 21ª temporada, "Family Guy" e "American Dad!" na 15ª consecutiva), todos têm público um pouco mais restrito. Afinal, não é fácil fazer humor sem apelar para palavrões ou escatologia.
Fonte: Ygor Salles / Folha de S.Paulo
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