CBF demite Dunga, escolhe Tite e tem pressa pra acerto

14/06/2016 14:22 Esporte
Foto: Estadão
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Dunga foi demitido do comando da seleção brasileira nesta terça-feira (14) após a eliminação precoce na fase de grupos da Copa América Centenário, nos Estados Unidos. Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções, também está fora.

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Em decisão do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, o treinador que estava no comando desde o fim da Copa do Mundo de 2014 teve o contrato rescindido e já está fora, também, da Olimpíada do Rio, em agosto. Tite, do Corinthians, é o preferido da entidade para assumir o posto.

O anúncio foi feito através de uma nota oficial publicada na tarde dessa terça.

"A Confederação Brasileira de Futebol comunica que decidiu, nesta terça-feira, dissolver a comissão técnica da Seleção Brasileira. Deixam os cargos o coordenador de Seleções, Gilmar Rinaldi, o técnico Dunga e toda a sua equipe. A decisão foi tomada em comum acordo durante reunião nesta tarde e, a partir de agora, a CBF inicia o processo de escolha da nova comissão técnica da Seleção Brasileira. A CBF agradece a dedicação, a seriedade e o empenho da equipe durante a realização do trabalho", diz a nota.

Os dirigentes têm pressa para acertar com o comandante corintiano, que pode ser anunciado nas próximas horas. A entidade ainda não tem um plano B e crê que da conversa que terá com o treinador e seu estafe saia um acerto. Antes mesmo da reunião com Dunga e Gilmar Rinaldi, na tarde desta terça-feira, na sede da CBF, o empresário de Tite, Gilmar Veloz, já mantinha diálogos com cartolas da federação.

A segunda passagem de Dunga pela seleção brasileira se encerra com duas campanhas ruins em diferentes edições de Copa América e classificação abaixo da esperada nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Com o treinador, a seleção caiu nas quartas de final da Copa América de 2015, no Chile, e agora foi eliminada na fase de grupos nos Estados Unidos - a pior campanha do Brasil na história do torneio desde 1924.

No total, a passagem se encerra com 18 vitórias, cinco empates e três derrotas em 26 jogos. Os números positivos, porém, ficam nos amistosos: logo quando assumiu, o técnico teve sequência de dez vitórias em dez amistosos. Em jogos oficiais, porém, Dunga só conseguiu vencer Venezuela (duas vezes), Peru (duas vezes) e, por último, o Haiti. O rendimento irregular rende ao Brasil a atual 6ª colocação nas eliminatórias para a Copa do Mundo.

Ainda, Dunga se marcou nesta segunda passagem pela cisão com jogadores antes tidos como protagonistas no elenco. O treinador tirou a braçadeira de capitão de Thiago Silva e, posteriormente, também barrou o zagueiro de convocações por ter reprovado a postura em entrevistas sobre a seleção brasileira. O lateral Marcelo, do Real Madrid, viveu situação semelhante e deixou de ser lembrado depois de discordâncias com a CBF em relação ao tempo de recuperação de uma lesão que, segundo o atleta, poderia impedi-lo de atuar em determinado período pela seleção. David Luiz, um dos ícones da Copa de 2014, perdeu espaço por critérios técnicos.

Mesmo com Dunga empregado, Tite e o argentino Jorge Sampaoli chegaram a ser consultados por representantes que agiram em nome da CBF sobre a possibilidade de assumir a seleção brasileira. A primeira consulta ao treinador do Corinthians aconteceu em 2015 e a segunda em março, há três meses. Sampaoli foi consultado no mesmo período deste ano.

Com a indefinição no comando, a CBF precisa estabelecer ainda se o novo técnico da seleção também comandará o Brasil na Rio-2016.

 

Fonte: Pedro Ivo Almeida e Rodrigo Mattos, do UOL

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