Em matéria de não pagar taxas de arbitragem, o Itaporã virou reincidente. O clube deixou de remunerar o trabalho dos árbitros da partida contra o Estrela do Norte-ES, pela Série D do Brasileirão no último domingo, e está novamente sujeito a uma punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Em 28 de julho, pelo mesmo motivo, o clube recebeu advertência do Tribunal.

O árbitro paranaense Leonardo Sígari Zanon relatou na súmula que "não houve pagamento da taxa à equipe de arbitragem" que atuou no comando do duelo entre sul-mato-grossenses e capixabas no estádio Chavinha, em Itaporã. Ele também não deixou de reprovar as condições do vestiário da arbitragem: "em condições ruins para precário (sujo e com espaço mínimo para duas pessoas)".

De acordo com as súmulas eletrônicas disponibilizadas pela CBF em seu site oficial, em 15 jogos válidos pela 5ª rodada da Série D do Brasileirão, apenas o Itaporã não pagou as taxas de arbitragem.

Caso semelhante já havia ocorrido na estreia da equipe sul-mato-grossense na competição, em 20 de julho diante da Anapolina-GO no Douradão. Na ocasião, a diretoria do Itaporã se justificou dizendo que a renda das bilheterias foi insuficiente, e a vinda de árbitros de São Paulo encareceu as despesas com o deslocamento da arbitragem. O caso foi parar no Tribunal, que advertiu o Itaporã e fixou data para pagamento. O clube quitou o débito dentro do prazo estipulado.

A preocupação com a renda vinda das arquibancadas levou o Itaporã a mudar o mando de campo, transferindo do Douradão para seu próprio estádio, o Chavinha, na esperança de ter mais lucro com os jogos. Entretanto, o torcedor local não compareceu como previsto. Se na estreia o clube arrecadou R$ 1.885 entre 248 torcedores, no domingo passado foram só R$ 1.560 arrecadados entre 227 pessoas, entre pagantes e não-pagantes.

 

Fonte: Hélder Rafael/Globo Esporte