Dureza: Timão só inverteu placar uma vez em mata-matas de Libertadores

07/05/2015 10:28 Esporte
Cássio não segura chute de Santander e engole frango na derrota para os paraguaios, em Assunção (Foto: EFE).
Cássio não segura chute de Santander e engole frango na derrota para os paraguaios, em Assunção (Foto: EFE).

Depois de perder por 2 a 0 para o Guaraní, o técnico Tite deixou o Paraguai confiante em conseguir em casa o resultado que o Corinthians precisa para avançar às quartas de final da Taça Libertadores. Se a arena é uma grande aliada na disputa, o Timão carrega um histórico complicado nas vezes em que iniciou o mata-mata em desvantagem. Em oito oportunidades, o Alvinegro virou a disputa em apenas uma.

Em 2000, também nas oitavas, o Corinthians sofreu para eliminar o Rosario Central, da Argentina. Após levar 3 a 2, em Buenos Aires, o Timão repetiu o placar, no Pacaembu, e conseguiu a vaga nos pênaltis, 4 a 3. O clube ainda superou o Atlético-MG nas quartas, mas parou no arquirrival Palmeiras, na semifinal.


Em sua história na Libertadores, Corinthians saiu perdendo um mata-mata em oito vezes. Só virou uma, em 2000

Nas outras sete disputas em que começou perdendo, o Corinthians só acumula fracassos, alguns deles capazes de estragar a passagem de jogadores pelo Parque São Jorge. A série começou em 1991, ao perder por 3 a 1 do Boca Juniors, na Bombonera. No Morumbi, o zagueiro Guinei foi considerado culpado por falhar no gol argentino que resultou no empate por 1 a 1.

Cinco anos mais tarde, a disputa com o Grêmio começou ainda mais dolorosa, com uma derrota em casa por 3 a 0. A virada parecia impossível no Rio Grande do Sul. E foi. O Timão ainda venceu por 1 a 0, em Porto Alegre, mas disse adeus ao sonho do primeiro título sul-americano mais uma vez.

O Palmeiras também colaborou para piorar a estatística. Em 1999, o arquirrival abriu vantagem com um triunfo por 2 a 0. O Corinthians respondeu na segunda partida com uma grande atuação e devolveu o placar. Faltou caprichar nas cobranças de pênaltis. Dinei e Vampeta desperdiçaram na derrota por 4 a 2.
A partir dos anos 2000, o Timão virou vítima do River Plate. Em 2003, perdeu por 2 a 1, no Monumental de Nuñez, e confiava na vaga. No entanto, a expulsão do lateral-esquerdo Roger após cometer falta violenta em D’Alessandro acabou com a esperança e resultou em um novo revés pelo mesmo placar, no Morumbi.

Parecia uma repetição em 2006. De novo o River, outra vez uma derrota como visitante (3 a 2) e a possibilidade de virar em casa. O filme se repetiu. Desta vez, o lateral-direito Coelho marcou um gol contra e ficou marcado como um dos culpados pelo 3 a 1 para os argentinos. Nas arquibancadas, torcedores se revoltaram com a equipe e só não invadiram o gramado para agredir os jogadores graças a um bloqueio policial em um dos portões do Pacaembu.

Durante o processo de reconstrução após ser rebaixado, o Corinthians voltou a sonhar com o título da Libertadores em 2010. O Timão fez a melhor campanha da primeira fase, mas sucumbiu nas oitavas. A equipe foi batida pelo Flamengo por 1 a 0, no Maracanã, e chegou a estar vencendo por 2 a 0, no Pacaembu. Vagner Love, porém, marcou o gol que classificou os cariocas e eliminou o Alvinegro.

Um ano depois de levar a taça em 2012, o Corinthians voltou a sofrer com os placares negativos no primeiro jogo. Perdeu por 1 a 0 para o Boca Juniors, na Argentina, e só empatou por 1 a 1, no Pacaembu, em partida marcada por erros do árbitro Carlos Amarilla – anulou um gol legal de Romarinho e não marcou um pênalti para o Timão.
Com a derrota no Paraguai, o Corinthians precisará vencer por três gols de diferença em Itaquera, quarta-feira que vem, na Arena Corinthians. Se devolver os 2 a 0 leva a disputa para os pênaltis. Um placar de 3 a 1 (ou 4 a 2, 5 a 3...) classificaria os paraguaios, pelo critério de gols fora de casa. Quem passar, pega Montevideo Wanderers, do Uruguai, ou Racing, da Argentina.

Fonte: GE

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