Pretorianos Figth Show aconteceu no último sábado no ginásio da Unigran, com casa cheia. Nos últimos 10 anos, Dourados não recebia um evento de grande proporção. O MMA é uma realidade em Dourados. O ‘bum’ desse esporte veio com a massificação da mídia que apostou no evento. Hoje, o UFC, uma das maiores marcas do esporte mundial, é visto por milhões de pessoas em todo o mundo.

E através dessa explosão que o MMA deu, Dourados não ficou atrás. Surgiram muitas academias focadas em treinos específicos para esse esporte amado por muitos e odiados por outra proporção de pessoas.

Alguns profissionais de educação física estão apostando em treinos específicos para atletas dessa modalidade, que exige muito condicionamento físico e um bom acompanhamento nutricional, já que muitos atletas para perderem peso e atingirem sua categoria chegam ao seu limite.

Pode-se dizer sim, que 90% das academias de Dourados estão preparadas para treinarem um atleta para o MMA ou focam alguns atletas com perfis que querem entrar nesse mundo de lutas . Os treinos são específicos. Não basta ter experiência em apenas uma arte marcial. Exige-se experiência de solo, boxe, muay thai e muita coragem.

A primeira edição do Pretorianos Figth Show, deu uma pequena mostra que se for bem realizado e com lutas atrativas, Dourados abraça e apoia. E assim aconteceu na noite de sábado.

A luta mais esperada era do douradense Fernando Duarte Guerra Bagordache, que tinha um card de 21 lutas com 18 vitórias. Estava há dois anos invicto. Teve pela frente um lutador novato vindo de São Paulo: Bruno Camargo, que era praticamente um estreante, porém, com uma fome de vencer. Provocou e fez o jogo de desestabilizar o douradense. Não deu certo.

A pesagem oficial e a promocional deram o tom do que seria a luta da noite de sábado. Fernando, que lutou em casa pela primeira vez, não pretendia decepcionar. Tinha amigos e família torcendo por ele. “Era um sonho meu sempre lutar em casa. Dei o meu melhor nos treinos e venci um adversário duro”, destacaou Fernando, uma dia após a vitória.

Foram pouco mais de três minutos de luta, que iniciou em pé e com uma boa postura do lutador douradense, que usou muito chutes na perna do adversário, que sentiu os golpes. O paulista foi pressionado na tela do octogono. Não teve como fugir das joelhadas na coxa esquerda e muito menos da tentativa do douradense de levar a luta para o solo.

E com isso, a luta não ficou muito tempo em pé. Foi para o solo. Um terreno onde é a especialidade de Fernando Guerra, professor de jiu-jitsu e temido pelos técnicos de Bruno, que sabiam que indo para o chão, as chances de sobressair seriam pequenas.

E foi o que aconteceu. Fernando Duarte Guerra usou dos socos na costela para inibir a ação de Bruno que já lutava de todas as formas para tirar Fernando de cima dele. Foi uma tentativa inútil.

Tanto que ao girar deixou o seu braço esquerdo livre e fácil para um expert no jiu-jitsu utilizar a chave de braço e sem chances de reverter. E isso foi visto pelos técnicos que mesmo avisando para não deixar o braço livre, Bruno não tinha como fazer isso. E assim Fernando não levou muito tempo para imobilizar o desafiante que para não ter o braço quebrado, pediu para parar.

Uma luta rápida que deixa Fernando Duarte Guerra com 19 vitórias e há dois anos sem perder. Um recorde que está sendo comemorado pela equipe Ferfigth CM System.

Foi uma noite onde os douradense aprovaram e provaram que gostam do MMA. FAmílias foram assistir e quebrar um mito. Crianças, jovens e adolescentes acompanharam as lutas.

Uma noite que para alguns será lembrado e para outros para ser esquecido e muito mais para mostrar. O que ficou provado é que para entrar no octogono, no MMA, a preparação é essencial. Fica a expectativa ainda para o próximo Pretorianos Figth Show.

 

Fonte: Marcelo Humberto