Diego Armando Maradona ainda não consegue se esquecer de sua passagem pelo comando da seleção argentina, entre 2008 e 2010, e da saída que teve do cargo ao final da Copa do Mundo. Em entrevista à filial de seu país da emissora ESPN, o ex-jogador falou com mágoa sobre a atitude de alguns atletas que dirigiu na ocasião e, sobretudo, de seu auxiliar naquela empreitada, o ex-volante Alejandro Mancuso.

“Eu fui traído. Eu acreditava que os jogadores teriam outra reação e me bancariam no cargo, pensava que eles fossem me resgatar, mas nunca tive uma resposta”, disse Maradona, que era querido pelo elenco argentino da Copa de 2010.

“Mas também não foi culpa deles. Eu também sou culpado por ter defendido a alguém que acreditei que era meu amigo e que me traiu”, acrescentou Maradona, em referência a Mancuso – volante que passou por clubes brasileiros como Palmeiras e Flamengo na década de 1990 e que foi seu auxiliar no comando da seleção.

A relação de amizade entre os dois, que atuaram juntos como jogadores na Copa do Mundo de 1994, se deteriorou em 2011. O ex-volante teria falsificado uma assinatura de Maradona em um acordo comercial para lucrar com a imagem do companheiro em eventos esportivos.

Maradona não ameniza o tom crítico ao falar também de Julio Grondona, presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), e de Carlos Bilardo, que fazia parte da comissão técnica da seleção em 2010 e hoje é gerente da entidade.

“Sei que algum dia Grondona, Bilardo, todos vão passar, mas eu vou ficar. E vou ter minha vingança. Eu sofri muito em 2010 e desde então não vejo mais a seleção. Não porque eu perdi o amor pelo país ou pelo time, mas não acredito em quem conduz a equipe”, admitiu.

Fonte: terra