Na maior “goleada” do Mundial, Brasil atropela o Egito no adeus a Granada

04/09/2014 16:19 Esporte
Alex se protege da marcação dos rivais no Mundial da Espanha. Seleção se despediu de Granada (Foto: AFP).
Alex se protege da marcação dos rivais no Mundial da Espanha. Seleção se despediu de Granada (Foto: AFP).

Foi uma despedida em grande estilo. Na tarde desta quinta-feira, horário local, os poucos presentes ao Palacio de Deportes de Granada puderam ver uma atuação quase perfeita da seleção brasileira em seu último compromisso pela primeira fase da Copa do Mundo. A vitória sobre o fraco time do Egito já era esperada, mas da forma que foi, só o mais otimista.

O placar de 128 a 65 (67 a 23) foi o maior de uma equipe neste Mundial – ultrapassando EUA 114 x 55 Finlândia - e conquistado com foco e intensidade durante os 40 minutos de jogo, especialmente no primeiro tempo. O resultado deixa os jogadores com moral para às oitavas de final, em Madri, no próximo domingo, contra o terceiro colocado da chave B.

Na próxima fase, o Brasil pode enfrentar Argentina, Senegal ou Croácia. Grécia, já classificada, e Porto Rico, que luta pela última vaga, não podem pegar a seleção em nenhuma combinação possível de resultados.

- Foi muito positivo nosso desempenho. Talvez contra a Espanha a gente não tenha conseguido fazer aquilo que queríamos. Mas vencemos bem os adversários que precisávamos e terminamos essa fase com uma vitória que nos enche de moral - disse Marcelinho Huertas ao SporTV.

Leandrinho foi o cestinha da partida, com 22 pontos e um aproveitamento de 100% nos arremessos de longa distância (3/3) - ele ainda deu cinco assistências. Varejão e Alex, ambos com 15 pontos, foram outros destaques. Raulzinho deu 10 assistências e também ajudou a equipe a chegar a uma pontuação centenária. Do outro lado, Elgammal e Gendy assinalaram 16 e 14 pontos, respectivamente. Os egípcios chutaram 34 bolas de três pontos e acertaram 11.

Nem mesmo a classificação antecipada como segundo do grupo A foi o suficiente para diminuir o ímpeto dos comandados de Rubén Magnano, que marcaram como sempre e foram brilhantes na transição e nos arremessos de quadra. Só no primeiro tempo, o percentual foi de 87% nos dois pontos e 45% nos de três. Debaixo da tabela, “os três grandes”, como são chamados Splitter, Nenê e Varejão pelos adversários, sobraram e dominaram os rebotes. O treinador também aproveitou para rodar mais seu elenco, poupando alguns atletas para a primeira “decisão” daqui a três dias, com transmissão do SporTV e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com. Os assinantes do Canal Campeão também podem acompanhar pelo SporTV Play.

Completo e equilibrado, Brasil abre vantagem
Se havia o questionamento de um jogo perigoso, por um possível relaxamento em quadra, diante de uma equipe muito mais fraca, ele foi embora nos primeiros 3m20, tempo que Varejão, hoje titular, e Marcelinho Huertas acharam para ajudar o time a fazer 13 a 0. Com sete e oito pontos, respectivamente, os atletas tiveram 100% nos tiros. Atordoados, os egípcios não sabiam o que era cesta e viam os brasileiros ampliarem em todos os ataques ou quase todos. Só nos primeiros dez minutos, foram 13 acertos e 18 tentativas (78%). O aproveitamento nos dois pontos foi simplesmente fora do normal com os 92% (11/12), assim como os lances livres. Dos 10, nove entraram (90%). Debaixo da tabela, “os três grandes” criaram a sua área VIP, sendo anfitriões nada cordiais. Foram 14 rebotes do Brasil contra apenas quatro dos africanos (37 a 10).

O atropelamento continuou no segundo quarto, e o Brasil jogava por música. O percentual de acerto no ataque cresceu – 72% para 74% - com as bolas de três, sendo duas de Leandrinho, destaque da parcial com 13 pontos e 83% nos arremessos. A defesa continuava firme, criando muitas transições, o que proporcionou a vantagem de 44 pontos de diferença apenas no primeiro tempo (67 a 23).

Não tanto como contra a Sérvia na quarta-feira, o Brasil voltou menos intenso na defesa para o terceiro quarto. O fato permitiu aos rivais chutarem muitas bolas livres de três, equilibrando a parcial. Com 15 pontos neste quesito, o Egito venceu o período por 25 a 24. Depois de descansar no segundo quarto, Huertas voltou à quadra e manteve os 100% de aproveitamento nos tiros de quadra, alcançando os 12 pontos. Leandrinho (16) e Alex (15) eram os cestinhas e com percentual de 86%.

Os últimos 10 minutos finais serviram para que a maior “goleada” desta Copa do Mundo fosse concretizada, com a parcial vencida por 37 a 17. Quem contribuiu muito para isso foi Marcelinho Machado com seus 13 pontos, nove deles em bolas de três. Leandrinho, com mais seis, foi o cestinha do jogo com 22. O resultado dá moral à seleção para a sequência da competição, agora em Madrid. No domingo, duelo ainda sem adversário definido, pelas oitavas de final.

Escalação:
Brasil: Marcelinho Huertas, Alex, Marquinhos, Nenê e Anderson Varejão; Entraram: Larry Taylor, Raulzinho, Marcelinho Machado, Leandrinho, Guilherme Giovannoni, Rafael Hettsheimeir e Tiago Splitter; Tec: Rubén Magnano.

 

Fonte: Fabio Leme/Globo Esporte

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